08 fev 2019

Meios de pagamentos móveis são a nova revolução do varejo

Em janeiro, um dos maiores eventos mundiais do varejo, a NRF 2019 Retail’s Big Show, aconteceu em Nova York, nos Estados Unidos. Se, na edição anterior, em 2018, já se falava em experiência do consumidor e na ampliação do uso de dispositivos móveis, neste ano, os dois assuntos estiveram juntos na pauta do dia, chamando a atenção para a mobilidade dos meios de pagamentos.

 

“A facilidade dos mPayments não é novidade. É raro, por exemplo, quem não pague suas contas usando o internet banking. As tecnologias móveis, atualmente, permitem que o cliente entre e saia de uma loja física levando o que deseja sem a necessidade de passar pelo caixa ou mesmo compre um carro sem sair do sofá (nem para pegar o cartão de crédito)”, afirma Denis Piovezan, diretor executivo da Linx Pay Hub.

 

Para ele, graças a isso, existe uma revolução no mercado de pagamentos na qual as transações digitais estão tomando o lugar das trocas físicas de dinheiro. “Mais especificamente, de acordo com um estudo realizado pelo boostLAB, programa de potencialização de startups em nível avançado do BTG Pactual, a estimativa é que, em 2019, US$ 1 trilhão seja transacionado via meios de pagamentos móveis”, diz.

 

O executivo ainda acrescenta que a quantia (bastante considerável) demonstra a nova realidade do mercado de pagamentos. A carteira digital da Apple, por exemplo, já é aceita em 74 dos 100 principais comerciantes dos Estados Unidos. Com ela, o cliente dispensa o uso do cartão de crédito físico, podendo fazer compras sem fio (via NFC). “O cartão está cadastrado no próprio dispositivo e o cliente, sem sair de casa ou mexer no bolso, tem acesso fácil à compra. O mesmo acontece com o Google Pay e Samsung Pay, sistemas que integram a maioria dos grandes bancos”, comenta.

 

Para atender a um consumidor que tem se mostrado cada vez mais interessado em finalizar suas compras de forma  prática, algumas organizações estão levando os sistemas móveis para as lojas físicas. “Já é possível um vendedor finalizar a compra em qualquer lugar do estabelecimento sem que o consumidor precise passar pelo caixa”, destaca Piovezan. O executivo finaliza afirmando que: “a loja do futuro – que, na verdade já é o presente e cresce em grande velocidade – conta com diversas soluções móveis. Nela, os varejistas são responsáveis por tornar o momento da compra cada vez mais simples, intuitivo e interessante para a ponta final da cadeia. E isso independente do canal: online ou offline”.