22 fev 2019

Cheques falsificados ou roubados e cartão de crédito clonado são principais fraudes sofridas por pequenas empresas

As micro e pequenas empresas formam a maioria dos negócios no Brasil e, em muitos casos, por não contarem com estrutura adequada e recursos suficientes, acabam sendo alvos estratégicos das tentativas de fraudes. Em tempos de instabilidade econômica e vendas em baixa, a prevenção a esse tipo de prática deve ser ainda mais cuidadosa para evitar perdas financeiras.

 

Um levantamento realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que o recebimento de cheques falsificados ou roubados (33%) e as transações feitas com cartões de créditos clonados (25%) foram os tipos de fraudes mais sofridos por micro e pequenos empresários ao longo de 2018. No total, 11% das micro e pequenas empresas no país tiveram algum prejuízo financeiro no último ano em virtude de golpes praticados por estelionatários.

 

Compras com utilização de RG, CPF ou CNH de terceiros (10%), uso de documentos falsificados (10%) e compras realizadas mediante cartão de débito clonado (8%) completam o ranking dos principais golpes. Para evitar a ação de estelionatários é importante que o empresário tome cuidados básicos, a começar pela checagem do CPF de quem está buscando crédito em sua loja. Prestar atenção na consistência das informações fornecidas é fundamental, pois divergências muito grosseiras podem ser sinal de fraudes.

 

Para isso, o empresário pode contar com o auxílio de ferramentas existentes no mercado, como a tradicional consulta ao CPF ou CNJP do cliente para averiguar apontamentos de inadimplência ou consultas mais aprofundas para analisar o histórico do documento, confirmando informações cadastrais básicas, como endereço e telefone, que quando confrontadas com as informações fornecidas pelo cliente podem evidenciar indícios de fraude.

 

5 dicas para o empresário minimizar o risco de fraudes

 

  • Nas compras a prazo sempre solicite documentos originais do consumidor (RG, CPF ou Carteira Nacional de Habilitação);

 

  • Analise com atenção as fotos do documento apresentado pelo cliente, principalmente se há diferença entre a data de emissão do documento e a idade do consumidor na foto

 

  • Verifique se a assinatura da documentação é similar com a assinatura do contrato ou do cheque utilizado como forma de pagamento

 

  • Sempre peça endereço e telefone de contato e realize a checagem na hora, antes de concluir a venda

 

  • Realize algum tipo de consulta para verificar se há restrição no CPF ou CNPJ do cliente. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) disponibiliza uma série de soluções para confirmar endereço e telefones informados anteriormente pelo cliente.