Em abril de 2020, quando o Brasil vivia os primeiros dias da realidade de uma pandemia, 808 mil pessoas estavam com alguma restrição relativa à inadimplência anotada no SPC de Santa Catarina. Isso representava 16,85% dos consumidores residentes no Estado, ou seja, da população economicamente ativa. Em abril de 2021 este percentual caiu para 13,78%. Os dados são da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC).
“Estes quase três pontos percentuais de queda podem parecer pouco, mas representam uma importante mudança no que diz respeito às dívidas dos catarinenses junto ao comércio local, mudança esta muito influenciada pela injeção de dinheiro na economia com saques de FGTS e auxílios emergenciais, que os catarinenses usaram em grande parte para quitar dívidas”, avalia Ivan Roberto Tauffer, presidente da FCDL/SC. Outro fator que alterou o cenário da inadimplência foi o crescimento expressivo do e-commerce, no qual prevalece o pagamento por cartões de crédito.
Atualmente são cerca de 696 mil devedores registrados por dívidas junto ao comércio local em Santa Catarina. O tíquete médio de dívidas é de R$ 1.758,63. A maior quantidade de devedores, 28,9%, está entre as pessoas com idade entre 26 e 35 anos. As pessoas com 56 anos ou mais são as que menos devem, com 11,6% dos registros.
Valdemir Manoel da Silva, gerente comercial da FCDL/SC, lembra que o levantamento considera essencialmente dívidas contraídas e não pagas junto ao comércio local das cidades. Pequenos atrasos não são considerados, apenas dívidas já consolidadas. Também não são consideradas no levantamento as dívidas com cartões de crédito e financiamentos bancários.