Aumento foi de 7,9% no mês de abril em relação a março, segundo Serasa. Foto: Divulgação
Depois de um mês carnavalesco – e consequente diminuição na quantidade de novos empreendimentos – os empresários brasileiros retomaram o pique: em abril, foram criados no país 163.023 novos empreendimentos, quantidade 7,9% maior em relação a março segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas), atingindo o maior valor da série histórica, iniciada em 2010, para um mês de abril.
Ainda segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, entre janeiro e abril de 2014 o total de novos empreendimentos criados dentro do território nacional foi de 632.547. Este número representa um avanço de 6,9% frente ao total de novas empresas surgidas durante o mesmo período de 2013 (591.683), sendo também maior que os totais registrados durante os mesmos meses de 2012 (583.987), 2011 (491.578) e 2010 (439.048 novas empresas)
Os Microempreendedores Individuais foram os que registraram o maior crescimento (10,4%) em relação ao mês anterior (118.584 empresas contra 107.389 em março), seguidos pelas Sociedades Limitadas (2,4% de aumento no número de novas empresas), com 19.345 novas empresas em abril, contra 18.891 em março. As Empresas Individuais foram as que apresentaram o menor crescimento: 0,4% (15.759 em abril ante 15.704 em março).
Segundo o levantamento, das 632.547 novas empresas criadas entre janeiro e abril de 2014, 72,4% do total (458.010) foram de Microempreendedores Individuais (MEIs), 10,0% (63.445) foram de Empresas Individuais, 11,8% (74.750) foram de Sociedades Limitadas e, por fim, 5,7% do total (36.342) foram de empresas de outras naturezas jurídicas.
Devido à crescente formalização dos negócios no Brasil, as MEIs vêm registrando aumento desde o início da série histórica do Indicador – em apenas quatro anos, passaram de quase metade do total de novos empreendimentos (42,4%, em 2010) para cerca de três quartos deste total.
O Sudeste registrou o maior número de empresas abertas nos primeiro quadrimestre deste ano, com 50,3% do total, tendo 318.487 novas empresas. A Região Nordeste ocupou o segundo lugar, com 18,3% do total (115.455 empresas). Com 16,2% de participação, a Região Sul ficou em terceiro lugar, com 102.769 novas empresas. O Centro-Oeste, com 61.199 empresas, foi responsável por 9,7% de participação, seguido pela Região Norte, com 34.638 novas empresas e 5,5% do total de novos empreendimentos.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, a Região Sudeste foi a que mais registrou aumento no número de empresas (alta de 10,1%). A segunda colocada foi a Região Nordeste, com 5,9%. O Centro-Oeste vem em terceiro, com 3,9% de crescimento. Em quarto lugar está a região Norte, com 3,0% de crescimento – quase o dobro da Região Sul, que registrou 1,8% de aumento na quantidade de novas empresas.
Os empresários continuam mais interessados no setor de serviços, que recebeu de janeiro a abril 373.321 novas empresas, equivalente a 59,0% do total. Em seguida, surgiram 196.686 empresas comerciais (31,1% do total) e, no setor industrial, foram abertas 52.862 empresas (8,4% do total) neste mesmo período.
Ao longo destes últimos cinco anos, tem crescido a participação das empresas de serviços no total de empresas que nascem no país. Esta participação aumentou 5,7 pontos percentuais entre os quatro primeiros meses de 2010 (53,5% do total) e o mesmo período de 2014 (59,0% do total).
Por outro lado, a participação do setor comercial de empresas que surgem no país tem recuado nestes últimos anos (de 35,2% entre janeiro e abril de 2013 para 31,1% no mesmo período de 2014), ao passo que a participação das novas empresas industriais vem se mantendo estável, com variação média de 8,2% ao longo dos anos.
Para o levantamento do Nascimento de Empresas foi considerada a quantidade mensal de novas empresas registradas nas juntas comerciais de todas as Unidades Federativas do Brasil bem como a apuração mensal dos CNPJs consultados pela primeira vez à base de dados da Serasa Experian.
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Via: economiasc.com.br