Deflação é a primeira em um ano e meio e também a maior desde junho de 2011. Foto: Divulgação
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou -0,13%, em maio. Em abril, o índice variou 0,78%. Em maio de 2013, este índice não registrou variação. A variação acumulada em 2014, até maio, é de 3,22%. Em 12 meses, o IGP-M variou 7,84%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
A deflação do IGP-M em maio é a primeira em um ano e meio e também a maior desde junho de 2011 (-0,18%) a queda decorreu da taxa de -0,65% do IPA, que não se via desde 2009, período de crise internacional. Queda não deve se repetir nos próximos meses, pois reflete a redução da valorização do câmbio, que deve se manter estável.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de -0,65%. No mês anterior, a taxa foi de 0,79%. O índice relativo aos Bens Finais variou -0,41%, em maio. Em abril, este grupo de produtos mostrou variação de 2,19%. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 10,45% para -3,08%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,10%. Em abril, a taxa foi de 1,28%.
O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou -0,27%. Em abril, a taxa foi de 0,18%. O principal responsável por esta desaceleração foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,05% para -0,51%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou -0,29%, ante 0,14%, em abril.
No estágio inicial da produção, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou -1,37%, em maio. Em abril, o índice registrou variação de -0,06%. Os principais responsáveis pela desaceleração foram os itens: bovinos (4,22% para -0,15%), minério de ferro (-3,20% para -6,10%) e milho (em grão) (2,64% para -2,49%). Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como: soja (em grão) (-1,66% para 0,10%), café (em grão) (-1,71% para 4,59%) e laranja (-15,82% para -7,99%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,68%, em maio, ante 0,82%, em abril. A principal contribuição para o decréscimo partiu do grupo Alimentação (1,62% para 0,81%). Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 8,71% para 1,26%.
Também foram computados decréscimos nas taxas de variação dos grupos Vestuário (1,09% para 0,49%) e Transportes (0,53% para 0,45%). Na primeira classe de despesa, destaca-se o item roupas (1,41% para 0,59%), e na segunda, gasolina (0,88% para 0,03%).
Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos:
– Habitação (0,55% para 0,72%);
– Saúde e Cuidados Pessoais (0,97% para 1,16%);
– Educação, Leitura e Recreação (0,00% para 0,38%);
– Comunicação (-0,03% para 0,20%); e
– Despesas Diversas (0,43% para 0,65%).
Para cada uma dessas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (0,43% para 3,20%), medicamentos em geral (1,49% para 2,05%), passagem aérea (-14,30% para -1,24%), tarifa de telefone residencial (-0,41% para 0,50%) e jogo lotérico (0,00% para 3,73%), respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em maio, variação de 1,37%, acima do resultado de abril, de 0,67%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,47%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,93%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 2,20%, em maio. No mês anterior, este índice registrou taxa de 0,42%. (FGV/Ibre)
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