Debates sobre a visão de futuro giraram em torno da integração entre as empresas, do investimento em pesquisa e inovação e da sustentabilidade. Foto: Filipe Scott/Divulgação
A indústria catarinense de produtos para a saúde registrou nos últimos anos crescimento superior à média nacional, mas o setor precisa de correções para seguir competitivo nos mercados nacional e internacional. Esta foi uma das constatações dos 60 especialistas e industriais que participaram do painel realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) nestas terça e quarta-feira (3 e 4 de junho), em Florianópolis.
Entre os empecilhos enfrentados pelas indústrias do setor estão temas como os altos custos e a morosidade dos processos de registro de novos produtos, a dependência de insumos importados, que têm custos variáveis, e o excesso de normas que terminam por encarecer os custos produtivos.
As tendências apontadas nos debates como oportunidades para o crescimento do setor incluem a inversão da pirâmide populacional, com o envelhecimento da população, a segmentação do mercado de cosméticos e tecnologias de “e-saúde”, como a telemedicina.
Na definição da visão de futuro do setor em Santa Catarina, os debates giraram em torno da integração entre as empresas, do investimento em pesquisa e inovação e da sustentabilidade.
Após os debates, as ações propostas para contornar os fatores críticos e embarcar nas tendências serão utilizadas na construção de rotas de crescimento para o setor até 2022. Este trabalho integra o Programa de Desenvolvimento da Indústria Catarinense (PDIC), que a FIESC está elaborando. Além do segmento de saúde, o programa integra outros 15 setores produtivos da economia catarinense.
O debate continua na internet, onde foi lançado um ambiente colaborativo. Nele, as demais empresas do setor podem participar da troca de experiências e ajudar na construção do conhecimento. Os interessados devem acessar o endereço fiescnet.com.br/rotasestrategicas e se cadastrar.
O PDIC propõe ações futuras e promove, no longo prazo, uma dinâmica de prosperidade industrial. O programa pretende formular, até 2014, um Masterplan com os principais pontos críticos que afetam o desenvolvimento da indústria no Estado.
O setor da saúde integra cinco subsegmentos: cosméticos, perfumaria e higiene pessoal; farmoquímicos e farmacêuticos; aparelhos eletromédicos e instrumentos, utensílios e materiais. Entre 2007 e 2011, o crescimento da produção do setor foi de 41% no Brasil e de 64% em Santa Catarina. As maiores concentrações de indústrias estão em Joinville, Blumenau e Florianópolis. Entre 2008 e 2011, as exportações catarinenses de produtos de saúde recuaram 20%, enquanto as importações subiram 110%.
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Via: economiasc.com.br