Reformar a casa ou pagar a faculdade aparecem com 4% e 3% das intenções. Foto: Divulgação
Entre os consumidores com financiamentos no país, 35% buscaram essa alternativa para comprar um carro. A informação é de pesquisa encomendada pelo portal Meu Bolso Feliz, uma iniciativa de Educação Financeira do SPC Brasil para estudar o uso das modalidades de crédito pelo consumidor. Outros objetivos como reformar a casa ou pagar a faculdade aparecem no final da lista, com 4% e 3% das intenções, respectivamente.
Os especialistas do Meu Bolso Feliz explicam que a maneira ideal de se comprar um bem é fazer um planejamento a longo prazo, aplicar o dinheiro aos pouquinhos em um investimento e, ao final, comprar o bem a vista, podendo o consumidor até barganhar um bom desconto no pagamento. “Na teoria, esse seria o cenário perfeito: o consumidor não paga juros, compra o bem por um valor menor do que se tivesse que parcelar e ainda quita o produto em um período de tempo mais curto do que se tivesse que financiá-lo”, explica o educador financeiro do portal, José Vignoli.
No entanto, ele mostra que, na prática, este projeto requer disciplina. Além disso, muitas vezes o consumidor precisa muito daquele bem ou não quer esperar tanto tempo para juntar todo o dinheiro para comprá-lo a vista. “As ferramenta de crédito não devem ser vistas como vilãs. Elas surgem justamente para dar vazão aos sonhos do consumidor, principalmente os de longo prazo. No entanto, essas ferramentas precisam ser utilizadas com planejamento e inteligência para o sonho não acabar virando um problema”, pondera Vignoli.
E raciocínio não é diferente no financiamento do carro. A economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explica que o consumidor pode economizar até R$ 4 mil do valor total do financiamento de um carro novo, simplesmente pesquisando as diferenças de custo entre outros bancos – sem precisar aumentar o valor da entrada, nem encurtar o prazo de pagamento. “O preço a vista é sempre o mais baixo, mas em caso de parcelamento, é preciso pesquisar muito, ficar atento à taxa de juros e calcular o custo total do financiamento e não o valor de cada parcela”, orienta Marcela.
A economista dá o exemplo de um consumidor que deseja financiar um carro de R$ 25 mil no prazo de 36 meses, sem entrada. “Se a pessoa vai em um Banco A, que oferece uma taxa de juros de 1,7% ao mês, ao final do financiamento ela terá pago R$ 33,6 mil, sem incluir o IOF no cálculo. Agora se ela procurar o Banco B, que oferece as mesmas condições, mas uma taxa menor, de 1% ao mês, ela ao final terá pago R$ 29,8 mil pelo financiamento. Ou seja, terá economizado R$ 3,7 mil”, explica.
Negocie as taxas
Pouca gente sabe mas os preços dos juros não são fixos e podem ser negociados, dependendo do perfil do cliente, das condições de pagamento e até do modelo do carro. “Por isso é indispensável pesquisar e negociar. O consumidor pode conseguir baratear o preço dos juros, dependendo da quantia que vai dar de entrada e do tamanho do prazo que vai precisar para quitar o carro. Além disso, as concessionárias costumam variar o preço dos juros, dependendo da marca e do modelo do carro”, explica Marcela.
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Via: economiasc.com.br