No trimestre, indicador variou -6,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Foto: Divulgação
Pelo quarto mês consecutivo, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas apresenta tendência de queda, considerando-se a base de comparação interanual. No trimestre com fim em junho, o ICOM variou -6,4% em relação ao mesmo período do ano passado, a maior queda desde dezembro de 2011, quando havia registrado taxa de -6,8%. Nos meses anteriores, as variações interanuais trimestrais foram de -3,1%, em abril, e -4,4%, em maio.
A diminuição da confiança foi influenciada pela piora das expectativas em relação aos próximos meses: a taxa interanual trimestral do Índice de Expectativas (IE-COM) passou de -2,6%, em maio, para -6,0%, em junho. Apesar da relativa melhora na margem, o Índice da Situação Atual (ISA-COM) continua apresentando níveis médios inferiores aos do ano passado. As taxas de variação passaram de -7,2% para -7,1%, nos mesmos períodos e bases de comparação.
O resultado geral da pesquisa confirma a tendência de desaceleração do nível de atividade do setor no segundo trimestre de 2014, e a diminuição do otimismo do empresariado em relação à possibilidade de recuperação no horizonte de abrangência da pesquisa (entre três e seis meses).
Todos os cinco níveis de agregação pesquisados evoluíram desfavoravelmente entre maio e junho. O Varejo restrito foi o que mais contribuiu para a piora relativa ICOM Geral, ao passar de uma variação interanual trimestral de -1,7%, em maio, para -4,4%, em junho. O segmento Veículos, motos e peças seguiu mal, com taxas interanuais passando de -16,9% para -18,6%, respectivamente, nos mesmos períodos. Em Material para construção, houve piora pelo segundo mês consecutivo, com taxas de -5,6% e -6,6%, respectivamente; e no Varejo Ampliado, que agrega os três segmentos anteriores, a variação passou de -4,6% para -6,9% entre maio e junho.
O Índice da Situação Atual (ISA-COM) retrata a percepção do setor em relação à demanda no momento presente. Na média do trimestre findo em junho, 13,5% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 25,4%, como fraca. No mesmo período de 2013, estes percentuais haviam sido de 16,0% e 21,1%, respectivamente.
Entre maio e junho, considerando-se a comparação interanual trimestral, o indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes foi o que mais contribuiu para a piora do Índice de Expectativas (IE-COM), ao passar de uma variação de -4,0% para -7,2%. Já a taxa de variação do indicador que mede o otimismo em relação às vendas nos três meses seguintes passou de -1,2% para -4,7%, no mesmo período. (FGV/Ibre)
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Via: economiasc.com.br