Segundo o Banco Central, em maio o déficit das contas públicas é de R$11 bilhões. Foto: Divulgação
De acordo com boletim divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, dia 30, as contas do setor público – que envolve os governos federal, estaduais, municipais e empresas estatais – apresentaram déficit no mês de maio. O resultado reflete a queda na arrecadação de impostos, causada pelas desonerações, principal arma do governo para estimular o mercado e manter o emprego.
Em maio, o setor público consolidado registrou déficit primário – quando os gastos são maiores que o ganho – de R$11 bilhões. O Governo Central apresentou déficit primário de R$11,1 bilhões e os governos regionais e as empresas estatais, superávits de R$12 milhões e R$15 milhões, respectivamente.
No ano, o superávit acumulado alcançou R$31,5 bilhões, ante R$46,7 bilhões no mesmo período do ano anterior. Considerando-se os fluxos acumulados em doze meses, o superávit primário atingiu R$76,1 bilhões (1,52% do PIB), comparativamente a R$92,8 bilhões (1,87% do PIB) em abril, ou seja, uma perda de 16,7 bilhões no saldo das contas públicas. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou anteriormente que o objetivo fiscal de todo o setor público para 2014 é de R$ 99 bilhões, equivalente a 1,9% do PIB.
Os juros nominais, calculados sobre a dívida líquida existente, alcançaram R$21,4 bilhões em maio, comparativamente a R$21,5 bilhões em abril. No acumulado no ano, os juros nominais atingiram R$101,6 bilhões, comparativamente a R$100,5 bilhões no mesmo período de 2013. Em doze meses, os juros nominais totalizaram R$249,9 bilhões (5,01% do PIB), mantendo-se estável, como percentual do PIB, em relação ao observado em abril.
O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados por competência, foi deficitário em R$32,4 bilhões em maio e R$70,1 bilhões nos primeiros cinco meses do ano. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$173,9 bilhões (3,48% do PIB), comparativamente a R$156 bilhões (3,14% do PIB) no mês anterior.
No mês, destacaram-se as expansões de R$29,2 bilhões na dívida mobiliária e de R$9,6 bilhões na dívida bancária líquida, contrabalançadas parcialmente pela redução de R$6,3 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária.
Dívida líquida do setor público
A dívida líquida do setor público alcançou R$1.725,9 bilhões em maio (34,6% do PIB), elevando-se 0,4 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
No ano, a relação DLSP/PIB elevou-se 1 p.p. O superávit primário e o crescimento do PIB nominal contribuíram para reduzir a relação em 0,6 p.p. e 1 p.p. do PIB, respectivamente. Em sentido contrário, os juros nominais apropriados e a valorização cambial de 4,4% no ano contribuíram para elevar a relação, na ordem, em 2 p.p. e 0,7 p.p. do PIB.
A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$2.895,8 bilhões em maio, 58% do PIB, elevando-se 0,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
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Via: economiasc.com.br