15 jul 2014

Fórum aborda sanidade agropecuária no Sul

Evento reuniu  representantes da área de defesa sanitária de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul para discutir os temas relacionados à defesa agropecuária dos quatro estados. Foto: Divulgação

Evento reuniu representantes da área de defesa sanitária de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul para discutir os temas relacionados à defesa agropecuária dos quatro estados. Foto: Divulgação

A tentativa de conquistar de certificação como zona livre de peste suína clássica junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi tema da reunião regional do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa Sul), que foi realizada nesta segunda-feira, dia 14, em Florianópolis. O evento reuniu os representantes da área de defesa sanitária de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul para discutir os temas relacionados à defesa agropecuária dos quatro estados. O Fonesa Sul é coordenado pelo diretor presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Afonso Kroetz.

Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul uniram esforços para buscar a certificação internacional de área livre de peste suína clássica concedida pela OIE e montaram um grupo de trabalho responsável por formalizar o pedido junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que seja encaminhado à Organização até o final deste ano. O presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Enori Barbieri, explica que em maio de 2015 acontecerá a primeira certificação da Organização Mundial de Saúde Animal para países, ou áreas dentro de países, como livres de peste suína clássica o que será um diferencial para o acesso da carne suína a mercados exigentes.

Para o secretário da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Airton Spies, até então a certificação de área livre de peste suína clássica não era utilizada como requisito para conquista de mercados para carne suína, porém, a partir de 2015, com o reconhecimento da OIE esse fator poderá ser decisivo nas negociações para exportação do produto. “A sanidade animal é um critério importante para conquista de novos mercados, e também para manter os mercados que já conquistamos”, destaca.

O secretário ressalta ainda que Santa Catarina é o maior produtor nacional de suínos e, junto com o Paraná e Rio Grande do Sul, responde por 63% da produção e de 61% da exportação de carne suína do país. Em 2010, a região sul junto com mais 12 estados foi declarada como área livre da doença pelo Ministério da Agricultura. Santa Catarina é livre da doença desde 1991 e atualmente o país possui 16 estados como área livre de peste suína clássica. O diretor de Qualidade e Defesa Agropecuária de Santa Catarina, Roni Barbosa, explica que o fato de os outros 11 estados brasileiros não serem considerados livres de PSC não significa que a doença exista nessas regiões, apenas não foram realizados inquéritos epidemiológicos para comprovar a inexistência do vírus. Nos 16 estados livres da doença a vacinação foi suspensa em março de 2004, já nos demais estados, que ainda não possuem essa classificação, o rebanho suíno poderá ser vacinado se for notificada a enfermidade. A Peste Suína Clássica atinge apenas os animais e causa grande mortalidade.

“Hoje o Estado de Santa Catarina mantém um rigoroso controle das doenças animais e é reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação, livre de peste suína clássica e africana, enquanto as demais enfermidades estão controladas. Santa Catarina realiza um controle sanitário muito eficiente através da Cidasc e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), com a participação dos criadores”, afirma Roni Barbosa.

Atualmente a OIE certifica seis enfermidades, das quais o Brasil já obteve o reconhecimento como área livre de febre aftosa com vacinação para 23 estados, sem contar Santa Catarina que é o único estado brasileiro livre da doença sem vacinação; área livre da peste dos pequenos ruminantes e risco insignificante para a encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca).

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Via: economiasc.com.br