Presidente da ABPA, Francisco Turra, e o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, mostram exemplar da revista Indústria e Competitividade. Foto: Fernando Wilardino/ Divulgação

O presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, que participou da reunião e fez uma palestra para a diretoria da Fiesc, considera que “o Paraná está crescendo de uma maneira formidável. O Paraná tem uma coisa diferente do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que é ter o insumo básico sempre em abundância. Esse é o diferencial”, observa.

Para o presidente da Fiesc, embora o Estado tenha uma agroindústria forte, é preciso fazer um grande esforço para assegurar a competitividade da agroindústria catarinense.

Levantamento feito pela ABPA apurou que em seis anos, o custo da mão de obra nas agroindústrias do país cresceu 200% em dólares. No mesmo período, o mesmo custo avançou apenas 23% nos EUA e 17% na Tailândia. Turra apresentou os dados na palestra. Hoje, o custo de produção do quilo do frango no Brasil é R$ 1,10 e nos EUA, R$ 1,15.

Apesar disto, Turra disse estar otimista em relação às perspectivas do agronegócio brasileiro. “Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), até 2030 o mundo terá que elevar a produção de alimentos em 70%”, disse. “Quarenta por cento desse incremento será suprido pelo Brasil”, destacou.

Ele observa que o aumento do consumo decorre do crescimento da população, do êxodo rural e da inclusão de mais pessoas no mercado consumidor. “Hoje, a cada dia, surgem 230 mil bocas, 180 mil pessoas saem do campo para a cidade e nos próximos anos 3 bilhões de pessoas passarão para a classe média consumidora”, afirmou.

Para que alcance o sucesso neste mercado em expansão, Turra entende que o Brasil deve ampliar os mercados compradores – fugindo da dependência da venda para alguns países – e agregar valor aos produtos. Ele defendeu a ampliação das negociações com os BRICS e uma posição mais firme do governo brasileiro nas negociações internacionais.

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Via: economiasc.com.br