28 jul 2014

Cresce receita da Tractebel Energia no 2º semestre

energia - transmissão

Empresa é maior geradora privada de energia do país com capacidade instalada de 7.024 MW. Foto: Divulgação

No segundo trimestre de 2014, a receita líquida de vendas da Tractebel Energia ficou 7,2% acima da registrada no mesmo período do ano passado, chegando a R$ 1,36 bilhão. Nos primeiros seis meses do ano, a receita alcançou R$ 3,01 bilhões, valor 12,9% superior ao do mesmo período de 2013. Já o ebitda, sigla em inglês que mede o desempenho operacional, teve uma queda de 58,1% em comparação com o 2º semestre de 2013, atingindo R$ 302 milhões no período. No acumulado do ano, o ebitda alcançou R$ 996 milhões.

O lucro líquido do segundo trimestre apresentou uma queda de 77,2%, se comparado com o mesmo período do ano passado: R$ 74 milhões neste ano e R$ 324 milhões em 2013. A redução é explicada pelo fato de a geração hidrelétrica no Brasil ter sido inferior aos compromissos de venda, obrigando os geradores hidrelétricos a adquirir esse déficit no mercado de curto prazo, que vem apresentando preços elevados em razão da estiagem prolongada. Especificamente para a Tractebel, há uma segunda razão para a deterioração dos resultados: a empresa concentrou menos capacidade comercial na primeira metade do ano do que na segunda. “Nossa expectativa é positiva para o segundo semestre, já que teremos mais energia disponível”, observa o diretor-presidente da Tractebel, Manoel Zaroni Torres.

A entrada em operação do Complexo Eólico Trairi, no Ceará, e a elevação do volume de energia comprada para revenda fizeram com que a quantidade de energia vendida aumentasse, passando de 8.787 GWh (4.023 MW médios) no 2T13 para 9.082 GWh (4.158 MW médios) no 2T14, um crescimento de 3,4% entre os períodos analisados. O preço médio dos contratos de venda de energia atingiu R$ 148,19/MWh no 2T14, ou seja, 7,0% superior ao apurado no mesmo trimestre de 2013.

Atualmente, a capacidade instalada própria do maior gerador privado de energia do país é de 7.024 MW, dos quais 79% são oriundos de hidrelétricas, 16% de termelétricas e 5% das chamadas fontes complementares, em 26 usinas operadas pela companhia, espalhadas por todas as regiões do Brasil.

Dividendos – O conselho de administração da Tractebel aprovou a distribuição de R$ 380 milhões (R$ 0,58 por ação) sob a forma de dividendos intercalares, com base nos resultados findos em 30 de junho, o que corresponde a 100% do lucro líquido ajustado do primeiro semestre de 2014.

Expansão – Além da construção do Complexo Santa Mônica, no Ceará, com capacidade instalada de 97,2 MW, a Tractebel Energia está ampliando a Usina Termelétrica Ferrari, que vai passar dos atuais 65,5 MW para 80,5 MW.

A companhia pretende continuar participando de leilões de energia nova. Para o Leilão A-5 marcado para 30 de setembro, a empresa está trabalhando para obter as licenças necessárias e viabilizar sua participação com um projeto a carvão mineral localizado no Rio Grande do Sul. “Estamos avançando para ter o Projeto Pampa pronto para o leilão, porém, a definição do preço-teto da energia a ser vendida é determinante para nossas aspirações. Acredito que a atual crise energética está mostrando claramente que a participação de termelétricas na matriz deve ser reforçada”, finaliza Zaroni.

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Via: economiasc.com.br