Com 84,4 pontos, indicador atingiu o menor nível desde abril de 2009. Foto: Divulgação
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou 3,2% entre junho e julho, ao passar de 87,2 para 84,4 pontos. Após a sétima queda consecutiva, o índice atinge o menor nível desde abril de 2009 (82,2 pontos).
A queda foi determinada principalmente pelas avaliações sobre o momento presente: o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 4,8%, para 85,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,8%, para 82,9 pontos. “O resultado de julho acende uma luz amarela em relação ao terceiro trimestre. Ainda que a diminuição do número de feriados possa influenciar favoravelmente a produção, a demanda continua sendo um fator limitativo a este crescimento”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente Adjunto de Ciclos Econômicos da FGV/IBRE.
O indicador que mede o grau de satisfação com o nível de demanda exerceu a maior influência na queda do ISA, com queda de 7,1% sobre o mês anterior, para 78,5 pontos, o menor nível desde março de 2009 (73,5). A proporção de empresas avaliando o nível de demanda como forte caiu de 8,5% para 6,0%, enquanto a parcela de empresas que o consideram fraco aumentou de 24,0% para 27,5%.
As expectativas quanto à tendência dos negócios nos seis meses seguintes exerceram a maior contribuição para a queda do IE. O indicador recuou 7,6% em julho, para 105,4 pontos, o menor desde junho de 2009 (105,3). Houve queda na proporção de empresas prevendo melhora da situação dos negócios, de 29,2% para 25,6%, e aumento da parcela das que projetam piora, de 15,1% para 20,2%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) diminuiu 0,3 ponto percentual (p.p.) entre junho e julho, de 83,5% para 83,2%, atingindo o menor patamar desde outubro de 2009 (82,6%). (FGV/Ibre)
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