29 jul 2014

Fiesc demonstra preocupação com preço da energia

Segundo a Fiesc, aumento no preço da energia iria impactar na produção e atrapalharia a recuperação do crescimento.Max Schwoelk/Acij/Divulgação

Segundo a Fiesc, aumento no preço da energia iria impactar na produção e atrapalharia a recuperação do crescimento.Max Schwoelk/Acij/Divulgação

Durante reunião na Associação Empresarial de Joinville (Acij), a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) manifestou a preocupação da entidade com um aumento do valor da energia elétrica, como a elevação de 20% solicitada pela Celesc, na noite desta segunda-feira, dia 28. Segundo Glauco José Côrte, esse aumento teria forte impacto na produção industrial e atrapalharia a recuperação do crescimento industrial catarinense.

A preocupação da entidade já foi manifestada em ofícios encaminhados na semana passada ao presidente da Celesc, Cleverson Siewert, e ao diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.

“A indústria não tem conseguido passar para os seus preços todo o aumento de custo que tem em termos de pessoal, de insumos, de tributos e de custo de capital. A margem fica cada vez menor. Por isso vamos defender a tese de que não é possível ter um impacto dessa natureza de uma vez só”, disse Côrte, acrescentando que a entidade já solicitou informações técnicas sobre as bases para o aumento. “Nós já temos a questão do gás, que também é caro e tem impacto no setor industrial, e agora o custo da energia. Se não houver cuidado, pode haver redução no consumo em decorrência da queda na produção industrial”, completou, referindo-se aos efeitos na economia.

Levantamento realizado pela Fiesc mostra que o custo da energia elétrica em Santa Catarina está acima da média brasileira. “Mais do que isso, estamos acima da média de 27 países, como é o caso do Chile, México, Portuga, Japão, Alemanha, EUA. Estamos abaixo apenas de países como República Tcheca, Turquia e Itália”, informou Côrte. Contudo, a Fiesc é contra a interferência política na definição da tarifa, já que a distribuidora é uma empresa de mercado, inclusive com acionistas privados. Para a entidade é necessário promover uma discussão técnica a respeito do assunto.

Côrte, lembrou dos desafios postos ao setor industrial, que tem perspectivas de um segundo semestre de baixo crescimento, com menor avanço do emprego, das exportações e pequeno aumento da demanda. Apesar disso, destacou que há previsão de aumento dos investimentos industriais no Estado.

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Via: economiasc.com.br