No acumulado do ano, a receita das exportações de carne suína já atinge US$ 838,24 milhões, crescimento de 10,82% ante igual intervalo de 2013. Foto: Divulgação
O preço médio internacional da carne suína subiu 36,01% em julho, elevando o valor da tonelada a US$ 3.401, em relação a US$ 2.501 no mesmo período de 2013. Com isso, as vendas externas, no mês passado, totalizaram US$ 139,37 milhões, aumento de 10,49% na comparação com julho do ano passado. No acumulado do ano, a receita já atinge US$ 838,24 milhões, crescimento de 10,82% ante igual intervalo de 2013.
Embora, em volume, as exportações tenham caído 18,77% em julho, com 40.972 toneladas, no acumulado do ano a retração é de apenas 4,85% na comparação com o mesmo período de 2013. Nos sete primeiros meses do ano, o Brasil exportou 276.830 toneladas.
“Estamos mantendo a previsão de embarques ao redor de 600 mil toneladas em 2014, ante 517 mil t no ano passado, um crescimento em torno de 16,05%. Em receita, a previsão é atingirmos ao redor de US$ 1,7 bilhão, em relação a US$ 1,36 bilhão em 2013”, diz o vice-presidente de suínos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Eduardo Saldanha Vargas.
Até dezembro, o volume mensal das vendas externas de carne suína deverá aumentar acima da média, com o anunciado interesse russo de importar do Brasil maiores quantidades do produto para substituir as compras de tradicionais fornecedores – os EUA e a União Europeia -, no contexto da crise política envolvendo a Ucrânia que culminou com recentes sanções impostas à Rússia por Washington e Bruxelas. No último mês, o governo de Moscou habilitou setefrigoríficos brasileiros de carne suína, movimento que alivia o grande embargo russo ocorrido em meados de 2011. As restrições comerciais impostas por Moscou aos poucos estão sendo eliminadas.
“O Brasil está no centro das atenções pela qualidade da sua carne suína e por não enfrentar problemas sanitários, como os que prejudicam a produção e as exportações dos EUA e da União Europeia”, diz o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra. “Nossas empresas associadas estão colhendo os frutos de um trabalho sério e responsável, que coloca o Brasil como o quarto maior exportador mundial de carne suína. Com a demanda e a oferta ajustadas no mercado brasileiro e com a redução da oferta no mercado internacional, os preços estão subindo e o produto brasileiro está sendo valorizado”, acrescenta Turra.
Em julho, os principais destinos foram Rússia, com 14.171 toneladas e US$ 67,88 milhões, Hong Kong, com 8.811 t e US$ 23 milhões, Cingapura, 4.011 t e US$ 12,03 milhões, Angola, 3.701 t e US$ 7,09 milhões, Uruguai, 1.738 t e US$ 5,38 milhões. No acumulado do ano, a Rússia se destaca como o principal importador, com 97.931 t e US$ 403,93 milhões, seguida por Hong, Kong, com 63.954 t e US$ 156,43 milhões.
O Japão, que abriu seu mercado à carne suína de Santa Catarina em 2012, importou 1,16 mil de toneladas de janeiro a julho deste ano, um aumento de 658%.
Os principais estados exportadores, no período janeiro-julho, foram Santa Catarina, com 119.862 t, Rio Grande do Sul, com 67.608 t, Minas Gerais, com 26.208 t, Goiás, com 24.963 t e Paraná, com 23.921 toneladas.
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