04 set 2014

SC quer receber investimentos de empresas alemãs

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, elencou os diferenciais catarinenses em Frankfurt. Foto: Divulgação

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, elencou os diferenciais catarinenses em Frankfurt. Foto: Elmar Meurer/Divulgação

Santa Catarina, que já recebeu investimentos de empresas alemãs como BMW, Hamburg Süd, Hengst, Netzsch e Bosch, pretende ampliar as parcerias com o país europeu, aproveitando a edição do próximo ano do Encontro Econômico Brasil – Alemanha (EEBA), que será realizado em Joinville no mês de setembro de 2015. Por isso, lideranças políticas e empresariais participaram na quarta-feira, dia 3, de seminário promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) em Frankfurt. Cerca de 70 empresários alemães estiveram presentes, incluindo representantes de companhias como Commerzbank, Allianz e Deutsche Bank.

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, destacou diferencias do mercado brasileiro, que podem ser explorados a partir de Santa Catarina, como uma classe média crescente, políticas governamentais de incentivo, oportunidades no campo da infraestrutura e em segmentos como o do petróleo. Ao mesmo tempo em que tem um parque industrial de destaque no cenário nacional e um complexo portuário diferenciado, informou Côrte, Santa Catarina possui a maior expectativa de vida do Brasil e é o segundo Estado do País em educação e tem o terceiro maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Markus Blumenschein, diretor da T-Systems, empresa do segmento de tecnologia da informação do grupo alemão Deutsche Telekom, encorajou os investimentos em Santa Catarina, destacando a qualificação dos profissionais em seu segmento e a facilidade de comunicação em função do idioma. A empresa tem 50 mil funcionários e escritórios em 20 países. Desde 2006 possui unidade em Blumenau, que hoje emprega 400 pessoas. “Além da língua alemã e da herança cultural, em Santa Catarina temos custos de produção competitivos, estabilidade social maior do que em outras regiões do Brasil, conhecimento específico em tecnologia da informação devido às universidades da região, suporte e programas de apoio das autoridades, além de uma forte rede empresarial”, disse.

Em pesquisa recente realizada pelo Financial Times, a respeito de investimentos estrangeiros diretos, Santa Catarina posicionou-se na 17ª posição geral dentre 237 Estados pesquisados na América do Sul. Além disto, ocupou a 10ª colocação em três das cinco categorias avaliadas quantitativamente: potencial econômico, capital humano e eficiência em custos.

“Santa Catarina é o Estado mais desenvolvido do Brasil. Tem oportunidades fantásticas de negócios e de intercâmbio econômico e cultural com a Alemanha”, disse o senador Luiz Henrique da Silveira. Junto com o senador Jorge Viana, do Acre, Silveira também abordou a questão ambiental. Afirmou que há desinformação sobre o assunto no exterior, que hoje a população tem consciência sobre a questão, que o Código Florestal Brasileiro passou a dar mais valor à “árvore em pé do que à serrada” e que o País está recuperando parte dos recursos naturais que deixou de preservar no passado.

Para Côrte, o seminário realizado em Frankfurt, a participação catarinense no EEBA de 2013 e a conquista da próxima edição do evento pelo Estado poderão intensificar o intercâmbio com a Alemanha. Para ele, representam uma oportunidade especialmente para o desenvolvimento das pequenas empresas e para a inserção delas no mercado externo. Nos últimos cinco anos, a corrente de comércio de Santa Catarina com a Alemanha foi de aproximadamente US$ 918 milhões anuais.

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Via: economiasc.com.br