08 set 2014

Dois em cada dez brasileiros não pesquisam preços

Esse hábito impulsivo faz com que consumidores gastem mais, comprem produtos mais caros, pouco úteis, diz educador financeiro. Foto: Divulgação

Esse hábito impulsivo faz com que consumidores gastem mais, comprem produtos mais caros e pouco úteis, diz educador financeiro. Foto: Divulgação

Segundo pesquisa realizada pelo Portal Meu Bolso Feliz, uma iniciativa de Educação Financeira do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) para avaliar o comportamento de compra do brasileiro, 21% dos consumidores não fazem pesquisa de preço na hora de comprar e 71% concordam que não têm tempo para buscar ofertas.

“A vida que levamos nos deixa mais ansiosos. A correria do dia a dia faz com que as pessoas queiram possuir as coisas imediatamente, deixando de lado a pesquisa apurada”, avalia José Vignoli, educador financeiro do Portal Meu Bolso Feliz.

O problema, segundo o educador, é que esse hábito impulsivo faz com que consumidores gastem mais, comprem produtos mais caros, pouco úteis ou apenas comprem porque encontraram um produto mais barato do que o habitual. “O consumidor deve entender que é dono do próprio tempo que e precisa revisar hábitos, saber quando a pesquisa vale a pena e, assim, economizar e fazer boas compras”, conclui.

Com base nisso, o Portal Meu Bolso Feliz explica como buscar por melhores oportunidades:

  • Utilize os sites especializados em comparar os preços de um determinado produto e apontar em que estabelecimento ele está mais em conta.
  • Procure sites que reproduzem folhetos impressos de hipermercados, farmácias, lojas de material de construção, lojas de roupas e outros tipos de comércio. Assim, você economiza seu tempo e o transporte, pois não precisa visitar as lojas.
  • Para quem prefere pesquisar à moda antiga, vá a pelo menos três lojas diferentes para descobrir o valor do que procura. Mas lembre-se da regra de bolso: essa procura vai te custar quanto?
  • Leve em consideração o que procura de verdade e não se deixe levar por impulsos.
  • Cuidado com os anúncios promocionais. Não deixe de pesquisar mesmo que se trate de um artigo em promoção.
  • Negocie! Não é raro um cliente conseguir diminuir o valor de um produto ao apresentar na loja um orçamento mais em conta da concorrência.
  • Já para produtos específicos, as dicas são:

    • Eletrônicos, eletrodomésticos, móveis e outros itens de maior valor: a internet é uma ótima ferramenta de busca e a pesquisa é fundamental. Como a compra, nesse caso, se limita a um bem de maior valor, o consumidor deve usar a pesquisa para consultar preços, modelos, marcas e especificações.
    • Remédios: Nunca deixe de pesquisar esse item, indo em, pelo menos, três estabelecimentos. Segundo pesquisa da Fundação Procon-SP, realizada em farmácias e drogarias da capital paulista, os genéricos são 56,63% mais baratos do que os de referência. E mais: entre os medicamentos genéricos, a diferença de preços é de até 1.132%. Ou seja, um medicamento que custa R$1 em uma farmácia pode chegar a R$12 em outra.
    • Supermercado: se você faz compras mensais, sempre reserve algumas horas para checar valores. Para facilitar a busca, foque nos itens mais caros como carnes e verduras, pois a probabilidade de gastar mais com esses produtos é grande. Outra dica valiosa é pesquisar quais as frutas de cada estação, muito mais baratas e saborosas. A pesquisa pode ser feita apenas uma vez e te fará economizar sempre.
    • Roupas: tente se preocupar menos com a marca e mais com a qualidade. Ser fiel a uma loja que fabrica um produto de alta durabilidade é sempre a opção mais econômica. Outra boa dica é ter em mente o que se precisa antes de sair de casa para comprar, assim você poderá visitar as lojas pesquisando o preço do modelo que precisa.

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    Via: economiasc.com.br