Secretaria liberou a retirada, comercialização e consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões das localidades de Perequê, Ilha João Cunha e Araça, no município de Porto Belo. Foto: Divulgação
Dois laudos comprovaram que não existe a presença da toxina diarreica (DSP) em cultivos de moluscos de Porto Belo. Sendo assim, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca libera a retirada, comercialização e consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões das localidades de Perequê, Ilha João Cunha e Araça, no município de Porto Belo. As informações foram divulgadas na sexta-feira, dia 12, pela pasta.
A interdição continua apenas para Governador Celso Ramos, onde segue proibida a coleta, comercialização e consumo dos moluscos.
Os exames laboratoriais são realizados pelo Laboratório Láqua-Itajaí a partir de amostras colhidas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). As outras áreas de cultivo no litoral catarinense seguem desinterditadas.
Apesar da desinterdição do restante do litoral, a Cidasc continua coletando amostras para monitorar a presença da toxina diarreica na água ou nos moluscos bivalves. Para a suspensão da interdição de Governador Celso Ramos, são necessários dois exames laboratoriais consecutivos e com laudos negativos que atestem que não há a presença de DSP nos moluscos ou na água.
A toxina diarréica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dynophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores. A presença de Dynophysis é conhecida em Santa Catarina e, por isso, os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Cidasc no litoral. Os últimos episódios de excesso de DSP no estado aconteceram em 2007 e 2008.
No dia 22 de agosto, a Secretaria da Agricultura declarou a interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras e mexilhões em Santa Catarina, devido à possível presença de toxinas que causam intoxicação alimentar. Foi comprovada a contaminação nas localidades de Paulas, em São Francisco do Sul; de Ganchos de Fora, em Governador Celso Ramos, e no município de Porto Belo. A interdição de todo o litoral catarinense aconteceu para preservar a saúde pública, já que existia a possibilidade de a contaminação dos moluscos bivalves estar ocorrendo de forma generalizada.
Ao longo dos dias, assim que os exames laboratoriais comprovavam que não existia a presença da toxina na água ou nos moluscos, as áreas foram sendo desinterditadas. E no dia 04 de setembro, a Secretaria desinterditou todo o litoral catarinense, com exceção de Porto Belo e Governador Celso Ramos, onde os exames laboratoriais ainda detectavam a presença da toxina diarreica (DSP) nos moluscos.
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Via: economiasc.com.br