O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. Foto: Divulgação
O Índice Geral de Preços (IGP-10) – que mede o movimento de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais – variou 0,31%, em setembro, afirma o Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre). A variação acumulada em 2014, até setembro, é de 2,01%. O índice mede a evolução de preços no período entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual.
Já o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede as variações médias dos preços recebidos pelos produtores domésticos na venda de seus produtos, variou 0,35%, em setembro. O índice é o principal componente do IGP, com peso de 60%.
Os Bens Finais registraram taxa de variação de 0,20%, em setembro, ante -0,51%, em agosto. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,46% para 2,05%. O índice relativo a Bens Finais, calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,88%. No mês anterior, a taxa de variação foi de -0,02%.
O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de 0,49%. No mês anterior, a taxa havia sido de -0,10%. Quatro dos cinco subgrupos apresentaram aceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,38% para 0,39%. O índice de Bens Intermediários, obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de 0,55%. No mês anterior, foi registrada variação de -0,13%.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas registrou variação de 0,37%. Em agosto, a taxa foi de -2,38%. Contribuíram para a aceleração do grupo os itens: soja (em grão) (-4,55% para -0,58%), bovinos (-1,01% para 3,22%) e milho (em grão) (-8,03% para -1,12%). Em sentido inverso, destacaram-se os itens: cana-de-açúcar (0,02% para -0,16%) e pedra britada (0,76% para -0,99%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,26%, em setembro, ante 0,01%, em agosto. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. O principal destaque partiu do grupo Alimentação (-0,18% para 0,21%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -12,52% para -5,59%.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes (-0,20% para 0,28%); Educação, Leitura e Recreação (-0,26% para 0,43%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,17% para 0,49%); e Vestuário (-0,30% para -0,14%).
Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: tarifa de ônibus urbano (-0,27% para 0,31%), passagem aérea (-9,05% para 4,83%), medicamentos em geral (-0,33% para 0,20%) e roupas (-0,57% para 0,00%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Comunicação (0,08% para -0,44%) e Despesas Diversas (0,17% para 0,16%). Na primeira classe de despesa, destaca-se o item tarifa de telefone residencial (-0,02% para -2,79%), e na segunda, cartão de telefone (1,15% para 0,20%).
Já o grupo Habitação apresentou o mesmo resultado registrado na apuração de agosto: 0,39%. Em sentido descendente, destaca-se o item tarifa de eletricidade residencial (1,72% para 0,49%). Em sentido oposto, taxa de água e esgoto residencial (-1,40% para -0,27%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em setembro, taxa de variação de 0,15%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,45%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,31%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,19%. O índice que representa o custo da Mão de Obra não registrou variação. Em agosto, este índice registrou taxa de 0,68%. (FGV/Ibre)
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Via: economiasc.com.br