Na sexta-feira, dia 12, a secretaria tinha liberado da comercialização de ostras em Porto Belo. Foto: Divulgação.
A Secretaria da Agricultura e da Pesca voltou a interditar áreas de cultivo de ostras e mexilhões de Porto Belo. Novos exames laboratoriais comprovaram a presença da toxina diarreica (DSP) nos moluscos bivalves nas localidades de Perequê, Ilha João Cunha e Araça, no município de Porto Belo. Ficando proibida a retirada, comercialização e consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões dessas áreas de cultivo. Na sexta-feira, dia 12, a secretaria tinha liberado da comercialização de ostras em Porto Belo.
Já Governador Celso Ramos, nas localidades de Ganchos de Fora, Canto de Ganchos e Calheiros, está livre da toxina e seus moluscos podem ser retirados e consumidos.
Os exames laboratoriais são realizados pelo Laboratório Láqua-Itajaí a partir de amostras colhidas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). As outras áreas de cultivo no litoral catarinense seguem desinterditadas, com exceção de Porto Belo.
Apesar da desinterdição do restante do litoral, a Cidasc continua coletando amostras para monitorar a presença da toxina diarreica na água ou nos moluscos bivalves. Para que os maricultores de Porto Belo possam voltar a retirar, comercializar e consumir os moluscos das áreas interditadas, são necessários dois exames laboratoriais que atestem que a área não está contaminada por DSP.
No dia 22 de agosto, a Secretaria da Agricultura declarou a interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras e mexilhões em Santa Catarina, devido à possível presença de toxinas que causam intoxicação alimentar. Foi comprovada a contaminação nas localidades de Paulas, em São Francisco do Sul; de Ganchos de Fora, em Governador Celso Ramos, e no município de Porto Belo.
A interdição de todo o litoral catarinense aconteceu para preservar a saúde pública, já que existia a possibilidade de a contaminação dos moluscos bivalves estar ocorrendo de forma generalizada.
No dia 30, a Secretaria suspendeu a interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras e mexilhões em Santa Catarina, permanecendo interditadas apenas as áreas de Porto Belo. No dia 4 de setembro, a interdição se estendeu também para Governador Celso Ramos. Porto Belo teve seus cultivos de moluscos desinterditados no dia 12 deste mês e agora voltam a ser interditados.
Governador Celso Ramos apresentou dois exames com laudos negativos para a presença da toxina e está desinterditada.
A toxina diarréica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dinophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores. A presença de Dinophysis é conhecida em Santa Catarina e por isso os níveis da toxina são regularmente monitorados pela CIDASC no litoral. Os últimos episódios de excesso de DSP no estado aconteceram em 2007 e 2008.
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Via: economiasc.com.br