01 out 2014

Confiança do setor de serviços cai 3,2%, diz FGV

Em setembro, a queda do ICS foi determinada, principalmente, pela piora da percepção dos empresários. Foto: Divulgação

Em setembro, a queda do ICS foi determinada, principalmente, pela piora da percepção dos empresários. Foto: Divulgação

Entre agosto e setembro, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas manteve a trajetória descendente apresentada desde o início do ano, ao registrar variação de -3,2%, considerando-se dados com ajuste sazonal. Com o novo recuo, o índice atingiu 100,7 pontos, o menor nível desde março de 2009 (100,4 pontos).

Em setembro, a queda do ICS foi determinada, principalmente, pela piora da percepção dos empresários em relação ao momento atual: o Índice de Situação Atual (ISA-S), que havia avançado 0,8%, em agosto, recuou 6,2%, chegando aos 82,0 pontos, o menor nível da série histórica, iniciada em junho de 2008. Já oÍndice de Expectativas (IE-S) cedeu em 1,0%, após cair 5,7% no mês anterior.

O resultado do ISA-S entre agosto e setembro foi determinado pela redução de 9,3% do indicador de Volume de Demanda Atual e de 3,5% do indicador de Situação Atual dos Negócios. A proporção de empresas que avaliam o volume de demanda atual como forte caiu de 12,1% para 8,9% e a parcela de empresas que o avaliam como fraco aumentou de 29,4% para 33,9%. A proporção de empresas que percebem a situação dos negócios como boa diminuiu de 18,3% para 16,9% e a das que avaliam esse aspecto como ruim aumentou de 26,2% para 28,0%.

A queda do IE-S entre agosto e setembro foi determinada pela redução tanto do indicador de Tendência dos Negócios (-1,1%), quanto do indicador de Demanda Prevista (-0,9%). A proporção de empresas esperando melhora da situação dos negócios aumentou de 32,7% para 32,8% mas a das que esperam uma piora aumentou em maior magnitude, de 11,2% para 12,6%. A proporção de empresas prevendo aumento da demanda caiu de 31,9% para 31,1%, enquanto a parcela das que preveem demanda menor aumentou de 12,3% para 12,6%.

O resultado de setembro confirma que o nível de atividade do setor continua fraco ao final do trimestre. Considerando-se médias trimestrais, o resultado do terceiro trimestre de 2014 é o segundo menor da série, ficando atrás somente do primeiro trimestre de 2009.

Segundo a FGV, a redução significativa observada em agosto e setembro sugere que, ainda que tenha se encerrado o período atípico para a atividade produtiva, em função da Copa do Mundo, a avaliação predominante continua sendo de enfraquecimento gradual da demanda e de poucas perspectivas de melhora no horizonte de 3 a 6 meses. (FGV/Ibre)

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Via: economiasc.com.br