A RioVivo em Brusque inicia as operações do primeiro secador de lodo de Santa Catarina, que também será o maior do sul do Brasil. Foto: Divulgação
Na quinta-feira, dia 9, Florianópolis sedia o 1º Seminário Catarinense de Tecnologias Sustentáveis para Uso dos Lodos de Estações de Tratamento. O encontro está agendado para ocorrer na ACE (Associação Catarinense de Engenheiros) e deve contar com a participação de especialistas, empresários, estudantes e entidades do trade de engenharia ambiental do País.
O objetivo é apresentar as principais tecnologias já utilizadas ou em fase de pesquisa para o reaproveitamento do lodo – um resíduo rico em matéria orgânica – gerado durante o processo de tratamento nas estações de água (ETA) e efluentes (ETE).
Santa Catarina produz, em média, 36 mil toneladas de lodo por ano nas estações de tratamento e hoje nada é reaproveitado. Enquanto isso, o Paraná é conhecido pelo reaproveitamento na área agrícola, como adubo orgânico, e pelo desenvolvimento de pesquisas, ainda em andamento, para a geração de energia elétrica a partir do lodo.
Outras possibilidades de utilização são na área da construção civil (fabricação de cimento e tijolos cerâmicos) e fabricação de combustível. O lodo gerado nas estações de tratamento é formado basicamente por materiais orgânicos, minerais e a maior parte por água (60% a 80%).
O setor de saneamento e meio ambiente também serão debatidos durante o encontro. O objetivo é apresentar alternativas para a aplicação desta matéria-prima e as etapas para o licenciamento deste processo em Santa Catarina.
“Além de aprender sobre as principais tecnologias e as etapas necessárias para o licenciamento que autoriza o reaproveitamento sustentável do lodo, os participantes também terão a oportunidade de conhecer o processo de desidratação e desinfecção do lodo na prática”, explica o engenheiro sanitarista e ambiental da Casan, Lucas Barros Arruda, uma das promotoras do evento.
Segundo um dos especialistas no assunto e promotores do seminário, Guilherme Ennes, diretor da RioVivo Ambiental, há um grande potencial a ser explorado com o lodo que é produzido no Estado.
“Além da economia para empresas e prefeituras, o reaproveitamento aumenta a vida útil dos aterros industriais. Outra possibilidade é o processo de desidratação do lodo, o que reduz o volume do material que vai para os aterros e também elimina a produção de chorume – líquido resultante da decomposição da matéria orgânica, que exige monitoramento e tratamento contínuo”, complementa Ennes.
A RioVivo inicia as operações do primeiro secador de lodo de Santa Catarina, que também será o maior do sul do Brasil, em outubro com o investimento de R$ 3.000.000,00 para atender a grande parte da demanda estadual.
O seminário é aberto a profissionais das áreas de engenharia ambiental, sanitária, civil, química, agronômica e produção, químicos, administradores, estudantes, professores e gestores públicos.
A promoção é da Associação Catarinense de Engenheiros Sanitaristas e Ambientais (ACESA), em parceria com a Associação Catarinense de Engenheiros (ACE) e a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). No dia 10 de outubro será realizada uma visita técnica à estação de tratamento da RioVivo Ambiental, em Brusque, dentro da programação do seminário.
Com matriz localizada em Brusque, a RioVivo Ambiental é urna empresa 100% nacional, com foco no tratamento de água, efluentes, saneamento básico e gerenciamento de disposição final de resíduos. Foi fundada em 1995
Está habilitada a executar projetos, construir, gerenciar e operar Sistemas de Tratamento de Efluentes Industriais e Sanitários, bem como, Sistemas de Abastecimento, Distribuição e Tratamento de Água para Indústria e Municípios, sempre com foco no compromisso firmado com a Comunidade no desenvolvimento humano e responsabilidade socioambiental.
Mais informações podem ser obtidas pelo email contato@acesa.org.br ou pelo telefone (48) 3248-3553.
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Via: economiasc.com.br