O comércio varejista no Brasil registrou em maio variação zero no volume de vendas e de 0,7% na receita nominal, em comparação com o mês anterior – com o ajuste sazonal. Já em Santa Catarina, o volume de vendas cresceu 1,2% em maio, o mesmo crescimento da receita nominal em relação a abril. Os dados são do IBGE.
Os resultados expressam um aprofundamento da desaceleração no volume de vendas e também na receita. Na comparação com maio de 2012, em termos de volume, o varejo apresentou variação positiva de 4,5%; já na receita nominal, houve avanço de 13,4%. No acumulado dos 12 meses, o volume de vendas cresceu 6,1% – menor do que os 6,4% do mês anterior – e a receita nominal cresceu 12,1%.
Em maio, quatro das 10 atividades pesquisadas obtiveram variações positivas para o volume de vendas na comparação com abril. Em ordem de magnitude das taxas, os resultados foram: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%); combustíveis e lubrificantes (0,6%); móveis e eletrodomésticos (0,4%); veículos e motos, partes e peças (0,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%); material de construção (-1,9%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,2%); tecidos, vestuário e calçados (-2,6%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,6%).
Já o comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou queda em relação ao mês anterior com variação de -0,8% para o volume de vendas e de -0,1% para a receita nominal, ambas as taxas com o ajustamento sazonal, revertendo a sequência positiva dos dois meses anteriores.
Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 4,4% para o volume de vendas e de 9,6% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses o setor apresentou taxas de variação de 5,0% e 7,6% para o volume e de 9,5% e 10,2% para a receita nominal de vendas, respectivamente.
No Estado
Em Santa Catarina, o volume de vendas cresceu 1,2% em maio, na comparação com abril, mesmo crescimento da receita nominal no mesmo nível de comparação. No acumulado de 12 meses, o volume de vendas cresceu 3,6% e a receita nominal 10,74%.
O destaque fica por conta da desaceleração das vendas em Santa Catarina. No acumulado de 12 meses a variação do volume de vendas é de apenas 3,6%, inferior ao resultado do mês anterior (3,94%) e menor ainda do que o do mesmo mês do ano anterior (8,54%).
Desta maneira, o comércio no Estado continua crescendo, porém com taxas cada vez menores. Fatores como a inflação, que diminui o poder de compra das famílias, o menor saldo de contratação de novos trabalhadores em função dos elevados custos do trabalho e o alto endividamento familiar comprometem o crescimento do mercado interno. A tendência é que esta desaceleração permaneça nos próximos meses, sendo revertida, ainda que de maneira muito tímida, somente a partir do último trimestre do ano.