14 nov 2014

Fiesc debate tarifas das cooperativas de energia

Evento da Câmara de Assuntos de Energia foi realizado ontem, na Acic. Foto: Divulgação

Evento da Câmara de Assuntos de Energia foi realizado ontem, dia 13, na Acic. Foto: Divulgação

A Câmara de Assuntos de Energia da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) realizou ontem, dia 13, na sede da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), uma reunião com o objetivo de apresentar um estudo comparativo das tarifas de energia cobradas pelas cooperativas de Santa Catarina. A pesquisa analisou a composição de custos de 26 cooperativas de energia, listando despesas como encargos setoriais, custos de compra, número de empregados e subsídios recebidos.

O trabalho mostra que há variação de 113% nos preços cobrados dos clientes industriais, com oito cooperativas praticando tarifas superiores às da Celesc. Também variam fortemente as perdas durante o processo de distribuição, indo de 4,1% a 16,6%, e o custo de compra da energia pelas cooperativas, que oscila de R$ 23 o MWh para R$ 219,1 o MWh.

O levantamento foi apresentado pelo consultor da Fiesc na área de tarifas de energia elétrica, Danilo Norberto Kuhnen. “Em Santa Catarina contamos com vários agentes distribuidores de energia, sendo que desta energia repassada, 90% é pela Celesc e 10% pelas cooperativas”, explica Kuhnen.

O documento também alerta que tamanha disparidade nos preços cobrados nas diferentes regiões interfere na competitividade da atividade produtiva catarinense, elevando os custos das indústrias atendidas por determinados agentes de fornecimento de energia. “Podemos citar o exemplo que em 18 meses, a tarifa de energia da Celesc teve um reajuste de 35% para os clientes da indústria”, explica o consultor.

No evento também foram apresentadas as ações da Fiesc nas áreas de tarifas e qualidade da energia fornecida no Estado. “A Fiesc consulta periodicamente as suas vice-presidências regionais sobre as demandas referentes a qualidade do fornecimento de energia elétrica para as indústrias em suas regiões. Essas demandas são encaminhadas para a análise da Celesc e posteriormente é realizada reunião na Fiesc para avaliar as respectivas demandas”, garante o presidente da Câmara de Assuntos de Energia da entidade, Otmar Josef Müller.

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Via: economiasc.com.br