O índice atingiu o menor nível desde dezembro de 2008, afirma FGV. Foto: Divulgação
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 6,1% entre outubro e novembro deste ano, ao passar de 101,5 para 95,3 pontos, o menor nível desde dezembro de 2008 (94,8). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, dia 24.
Houve diminuição da satisfação com a situação presente e piora das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 5,1%, para 96,6 pontos, o menor da série histórica iniciada em setembro de 2005. O Índice de Expectativas (IE) recuou 6,8%, passando a 94,7 pontos.
“A preocupação com a inflação, o mercado de trabalho e, mais recentemente, com a alta da taxa de juros, contribuiu, em novembro, para o aprofundamento da tendência de queda da confiança do consumidor observada ao longo dos últimos 12 meses”, afirma Tabi Thuler Santos, economista da FGV/IBRE.
Os cinco indicadores que integram o ICC recuaram em novembro. As maiores contribuições à queda foram dadas pelos indicadores que medem a percepção em relação à situação geral da economia. O indicador da situação econômica atual caiu 12,1%, chegando a 53,0 pontos, mínimo histórico. A proporção de consumidores que avaliam a situação como boa diminuiu de 10,7% em outubro para 9,0% em novembro. A dos que a consideram ruim aumentou de 50,4% para 56,0%.
O indicador de otimismo com a economia nos seis meses seguintes caiu 12,0%, para 84,5 pontos, o menor desde dezembro de 2008. A proporção de consumidores afirmando que a situação econômica melhorará nos próximos meses diminuiu de 23,8% para 22,2%; a parcela dos que acham que a situação piorará aumentou 9,9 pontos percentuais, de 27,8% para 37,7%. (FGV/Ibre)
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