O gasto líquido com viagens internacionais alcançou US$1,6 bilhão
O Banco Central divulgou hoje, 24, o balanço de pagamentos realizados em outubro, que apresentou superavit de US$267 milhões. O deficit em transações correntes somou US$8,1 bilhões no mês e US$70,7 bilhões no ano. A posição da dívida externa bruta estimada para outubro totalizou US$343,5 bilhões, elevação de US$4,9 bilhões em relação ao montante estimado para setembro de 2014. Quanto ao estoque de reservas internacionais no conceito liquidez, foram atingidos US$376 bilhões em outubro, acréscimo de US$320 milhões em relação ao mês anterior.
Nos doze meses encerrados em outubro, as transações correntes acumularam deficit de US$84,4 bilhões, equivalente a 3,73% do PIB. Na conta financeira, destacaram-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros em carteira, US$5,3 bilhões, e investimentos estrangeiros diretos (IED), US$5 bilhões.
A conta de serviços apresentou deficit de US$4,3 bilhões em outubro, recuo de 11,8% frente ao observado no mesmo mês de 2013. O gasto líquido com viagens internacionais alcançou US$1,6 bilhão, redução de 7% relativamente ao verificado em outubro do ano anterior. O saldo decorreu de recuos de 8,6% nos gastos de viajantes estrangeiros ao Brasil e de 7,4% nos gastos de residentes brasileiros em viagens ao exterior.
Transportes – As despesas líquidas com transportes somaram US$766 milhões, decréscimo de 20,4% comparativamente ao resultado de mês equivalente, em 2013. Dentre os demais itens da conta de serviços, destacaram-se, em outubro, as reduções nas despesas líquidas relativas a aluguel de equipamentos, royalties e licenças, e computação e informações, na ordem, 5,2%, 10,1%, e 24,8%, na mesma base de comparação.
As remessas líquidas de renda para o exterior alcançaram US$2,8 bilhões no mês, elevação de 8,9% relativamente ao resultado de outubro de 2013, US$2,6 bilhões. As remessas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$1,6 bilhão no mês, ante US$1,3 bilhão, ocorridos no mesmo período de 2013. Em 2014, até outubro, as remessas brutas de lucros e dividendos totalizaram US$20,9 bilhões, recuo de 8,3% em relação aos dez primeiros meses de 2013. As despesas líquidas de juros somaram US$1,2 bilhão no mês, recuo de 4,4% na comparação com outubro de 2013.
No mês, as transferências unilaterais atingiram ingressos líquidos de US$199 milhões, inferiores ao resultado de outubro de 2013, US$635 milhões. O ingresso bruto de manutenção de residentes somou US$175 milhões, elevação de 5,5% na mesma base de comparação.
Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram retornos líquidos de US$678 milhões em outubro. A participação no capital de empresas no exterior somou liquidamente aplicações de US$772 milhões, enquanto os ingressos líquidos provenientes de empréstimos intercompanhias de filiais no exterior às matrizes brasileiras atingiram US$1,4 bilhão.
O ingresso líquido de IED totalizou US$5 bilhões no mês, composto por US$3,3 bilhões na modalidade participação no capital, e US$1,7 bilhão em desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhias. Nos doze meses encerrados em outubro, os ingressos líquidos de IED somaram US$66 bilhões, equivalentes 2,91 % do PIB.
Os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram ingressos líquidos de US$5,3 bilhões em outubro, compostos por entradas líquidas de US$1,2 bilhão em ações e de US$4,1 bilhões em títulos de renda fixa. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no País somaram ingressos líquidos de US$3,5 bilhões. Os bônus públicos negociados no exterior totalizaram amortizações líquidas de US$11 milhões. Os ingressos líquidos de notes e commercial papers atingiram US$597 milhões no mês, resultado de desembolsos de US$1,1 bilhão e amortizações de US$520 milhões. Os desembolsos líquidos em títulos de renda fixa de curto prazo negociados no exterior somaram US$35 milhões.
Os outros investimentos brasileiros atingiram aplicações líquidas no exterior de US$8 bilhões em outubro. As concessões líquidas de empréstimos e créditos comerciais de curto prazo ao exterior totalizaram US$1,1 bilhão. Os depósitos mantidos no exterior por bancos residentes no Brasil, e pelo setor não financeiro apresentaram elevação, na ordem, de US$5,4 bilhões e US$1,6 bilhão.
Os outros investimentos estrangeiros no País somaram ingressos líquidos de US$5,6 bilhões em outubro. O crédito comercial de fornecedores registrou desembolsos líquidos de US$1,3 bilhão, concentrados em operações de curto prazo. Os empréstimos de longo prazo totalizaram ingressos líquidos de US$3,9 bilhões, enquanto as operações de curto prazo geraram desembolsos líquidos de US$719 milhões.
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Via: economiasc.com.br