Após cinco meses de queda, o índice de endividamento dos catarinenses estabilizou em junho (57,4%), na comparação com o mês anterior. Já os indicadores que medem o número de famílias com dívidas ou contas em atraso (18,5%) e aquelas que não terão condições de pagar (10,6%) tiveram alta, de acordo com a pesquisa de endividamento e inadimplência dos consumidores catarinenses (PEIC-SC).
A expectativa é que os percentuais voltem a cair nos próximos meses. O Governo do Estado vai injetar R$ 2,3 bilhões na economia catarinense com o pagamento dos salários dos meses de junho e julho, mais os 50% do 13º. Conforme pesquisa da Fecomércio, 45% do pagamento devem ser para compras e 40% destinados para quitação de dívidas antigas.
Os dados do primeiro semestre mostram que depois de o endividamento atingir máxima histórica – 62,9 % em dezembro – o consumidor está mais adequado à conjuntura desafiadora. A praticidade do cartão de crédito, até então a forma mais acessível para adquirir empréstimos pelas financeiras e bancos, potencializa o endividamento em SC. Desde o início do ano ocupa o topo do ranking das dívidas dos catarinenses (50%). Os carnês (34,5%), financiamento de carro (28,2%) e o financiamento de casa (19,2%) aparecem em seguida.
Entre as cidades, Florianópolis tem o maior percentual de famílias endividadas (84,8%), seguido por Itajaí (53,7%) e Blumenau (50,8%). A Capital responde também pelo maior percentual de inadimplentes (22,8%) e Chapecó (11,7%) pelo menor. É de Itajaí a liderança nas famílias que não terão condições de pagar.