A tecnologia invadiu a rotina de todo mundo, inclusive das crianças, mas eles, que vivem grudados nos tablets e smartphones, não dispensam os brinquedos. Os educativos ainda fazem tanto sucesso que são a aposta de muitos empresários. O empresário Vitor Tribuna e sua mulher investiram R$ 100 mil na loja de brinquedos educativos, em 2006. “Eu estou muito otimista. Eu quero crescer de 15% a 20%, nesse Natal, e vou crescer”, avisa o empresário.
O primeiro desafio foi achar fornecedores, pequenos artesãos como Cláudio e a empresária Helena de Sá Barbosa, que montaram uma oficina em casa. Eles fazem pula-corda, tiro ao alvo, teatrinhos – todos a mão. “É tudo artesanal. A mágica é esforço, boa vontade, querer, e não ter horário para dormir. Vende, vende bastante. Surgiram bastante lojas de brinquedos educativos, graças a Deus, está aumentando”, conta Helena.
Hoje, o casal é um dos quase 100 pequenos empresários, fornecedores da loja de brinquedos. Graças a eles, o negócio reúne mais de 7 mil itens e tem para todos os gostos.
O consultor e especialista em varejo, Caio Camargo, adverte: os brinquedos são à moda antiga, mas a ação de marketing tem que ser moderna. “Talvez usar canais digitais, e um contrassenso do que a gente está falando como redes sociais, sites, para incrementar a venda e buscar novos consumidores de outras regiões faça sentido para esse empreendedor”.
Outra característica é que este é um negócio de retorno lento. É preciso conquistar e fidelizar os clientes, como se fazem os brinquedos, um a um. “Você tem que formar esses clientes, atendê-los bem, vender o brinquedo para ele adequado, para a criança na faixa etária que ele está procurando, sem preocupação de valor do brinquedo, de faturamento, e aí sim você começa a criar fidelidade e é uma bola de neve que vai crescendo”, explica Vitor.
A concorrência com os brinquedos de plástico, mais baratos, é outro desafio a ser enfrentado. Aí entra o treinamento dos vendedores, que explicam sobre a função de cada brinquedo. O Natal é a data principal do negócio. Representa pelo menos 20% do faturamento do ano. Vitor espera vender mais de mil brinquedos este mês.
“Se a experiência estiver bem realizada, acho que tem uma coisa muito rica nessa história, imediatamente a criança vai começar a usar, brincar o produto, então, assim, experimentar aquilo que está sendo exposto é fundamental para uma boa venda”, orienta Caio.
Fonte: Portal Pequenas Empresas Grandes Negócios