O comércio varejista deve ter um aumento nas vendas de 3,7%, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base nos dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de outubro, divulgada pelo IBGE. Se confirmada a previsão, esta será a primeira alta do varejo desde 2013.
Em outubro, os 10 segmentos que compõem o varejo ampliado tiveram queda de 1,4% em relação ao mês anterior. No entanto, esse fraco desempenho não deve impedir que as vendas fechem o ano de 2017 com alta. “A inflação baixa, o espaço para cortes nos juros e o resgate gradual do mercado de trabalho deverão proporcionar ao varejo seu primeiro aumento de vendas em quatro anos”, afirmou o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes.
No conceito restrito, que exclui as vendas nas lojas de materiais de construção e de veículos, houve recuo de 0,9%, a pior taxa dos últimos sete meses. A série mensal com ajustes sazonais aponta os segmentos de artigos de uso pessoal e doméstico (-3,5%), vestuário e calçados (-2,7%) e de móveis e eletrodomésticos (-2,3%) como os principais responsáveis pelo tropeço nas vendas de outubro, resultado que deverá ter sido revertido em novembro, em razão da maior movimentação do varejo por conta da Black Friday.
Dos 10 segmentos pesquisados, sete já apresentam recuperação no acumulado do ano. De janeiro a outubro, registraram quedas os segmentos de livrarias e papelarias (-3,6%), combustíveis e lubrificantes (-3,0%) e lojas de informática e comunicação (-0,6%).