18 dez 2020

26% dos brasileiros que pretendem ir às compras no Natal possuem contas em atraso, apontam CNDL/SPC Brasil

Há poucos dias das festas de fim de ano, o consumidor vê um cenário de incertezas diante da crise causada pela Covid-19. Por isso, o momento deve ser de cautela e de se manter atento aos gastos neste período para não comprometer o orçamento, principalmente se já estiver endividado. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offer Wise Pesquisas, nas 27 capitais do Brasil, 26% dos brasileiros que possuem a intenção de presentear no Natal, possuem contas em atraso. O estudo aponta uma queda de 7 pontos percentuais em relação a 2019.

 

O levantamento também aponta que 11% dos entrevistados que realizaram compras no Natal de 2019 admitem ter ficado com o nome sujo em razão das compras feitas na data. Destes, 6% continuam negativados e 5% conseguiram limpar o nome. Em média, o valor das dívidas responsáveis pela negativação é de R$ 550.

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, a queda no número de endividados demonstra que o brasileiro está mais atento às finanças e ao controle do orçamento, o que foi intensificado pelo cenário de insegurança causado pela pandemia.

 

“O consumidor sabe que o momento é delicado, por isso está mais cauteloso, o que é importante para evitar compras por impulso que possam causar endividamento das famílias”, diz José César. “O recomendável é não comprar por impulso e planejar as despesas de acordo com o orçamento, sempre priorizando a quitação de contas. Fazer uma lista prévia do que se deseja e pesquisar preços são as atitudes mais indicadas para não extrapolar as finanças”, destaca Costa.

 

Os dados da pesquisa revelam que 23% dos consumidores que pretendem comprar presentes no Natal admitem gastar mais do que podem, percentual que chega a 27% nas classes C e D. Além disso, a pesquisa aponta que 9% dos entrevistados irão negligenciar compromissos financeiros assumidos anteriormente para realizar compras de presentes típicas deste período. A pesquisa ainda indica que uma pequena parte dos consumidores também agirá de maneira não recomendável: 9% deixarão de pagar alguma conta para realizar as festas de Natal, enquanto 7% não quitarão contas para comemorar o Réveillon.

 

Os compromissos financeiros mais mencionados, no caso daqueles que deixarão de quitá-los, são: TV por assinatura (24%), cartão de crédito (19%) e contas de água/luz (19%).

 

Público alvo: Consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos) e que pretendem comprar presentes para o Natal.

Método de coleta: pesquisa realizada via web e pós-ponderada por sexo, idade, estado, renda e escolaridade.

 

Tamanho amostral da Pesquisa: 968 casos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas com intenção de comprar presentes no Natal. Em seguida, continuaram a responder o questionário 606 casos, que tinham a intenção de comprar presente no Natal. Resultando, respectivamente, uma margem de erro no geral de 3,1 p.p e 4,0 p.p para um intervalo de confiança a 95%.