Por Henrique Carbonell *
É uma pergunta já assimilada por qualquer empresa que venda algum produto ou serviço: “crédito ou débito?”. Nos últimos anos, o cartão se popularizou muito no país em diferentes classes sociais e se tornou um meio de pagamento dominante, sendo capaz de movimentar transações tanto no varejo físico quanto no on-line. Contudo, as facilidades para o consumidor escondem a complexidade da operação para lojistas e empresários. Há diversas particularidades que podem comprometer a rentabilidade do negócio e levar à falência. Contudo, com estas cinco dicas essenciais, é possível organizar suas vendas e ampliar as receitas. Confira:
1) Tenha cuidado com o fluxo de caixa
A principal dica para o varejista é redobrar o cuidado em relação ao fluxo de caixa. É preciso acompanhar e, principalmente, registrar todas as movimentações de entrada e saída de dinheiro. Isso é importante porque os cartões bagunçam as receitas dos negócios, com diferentes datas para pagamento, parcelas, taxas, entre outros elementos. Em suma: a entrada de recursos é totalmente diferente em relação à saída, e só um bom planejamento é capaz de garantir a rentabilidade da empresa mês a mês.
2) Atente-se à segurança e às despesas extras
Outro item essencial para quem trabalha com cartões é aumentar a segurança nas transações. Ainda hoje não é incomum encontrar relatos de fraudes com cartões clonados e roubados. O ideal é ficar atento a qualquer movimentação suspeita e conferir os dados apresentados no cartão pela pessoa. Além disso, os cartões também aumentam as despesas do varejista, como a necessidade de alugar ou adquirir equipamentos e as taxas pagas por transação, dependendo do acordo feito com a fornecedora.
3) Ouça seu cliente e trace novas estratégias
A venda de cartões abre novas possibilidades de relacionamento ao cliente, identificando valores e condições de parcelamento que eles desejam para este meio de pagamento. A partir das informações disponíveis pelas transações, tente ouvir o que seu consumidor deseja, identificando elementos que ajudem a fidelizá-lo para compras futuras e garantindo maior recorrência de compras.
4) Saiba extrair inteligência a partir dos dados
Isso leva à quarta dica: é preciso saber trabalhar com os dados que as vendas de cartões disponibilizam. São informações valiosas que podem não só melhorar as estratégias de marketing e experiência do consumidor, mas facilitar a própria gestão financeira e operacional do negócio. Quanto mais conteúdo o gestor tiver sobre o desempenho financeiro, melhor será a tomada de decisão no futuro.
5) Conte com o apoio da tecnologia
Por fim, a boa notícia é que o empresário não precisa fazer isso sozinho ou manualmente. Ele pode – e deve – contar com o apoio de soluções tecnológicas. Por meio de plataformas de gestão, o varejista consegue acompanhar seu controle financeiro, desde a conferência do fechamento de caixa até o DRE (Demonstrativo do Resultado do Exercício), passando pela necessária prática de conciliação de cartões. Além disso, consegue ter um acompanhamento da evolução de vendas, do ticket médio, metas por loja e/ou vendedor, entre outros indicadores. Dessa forma, ao invés de perder tempo consolidando informações e transações, ele tem liberdade para fazer aquilo que mais sabe: gerenciar seu negócio com qualidade e eficiência.
* Henrique Carbonell é sócio-fundador da Finanças 360º, empresa especializada em sistema de gestão financeira com conciliação automática de vendas por cartão para o pequeno e médio varejo www.f360.com.br – e-mail: f360@nbpress.com
Fonte: Revista Varejo Brasil