O maior PIB per capita foi o do Distrito Federal (R$ 64 653,00), quase três vezes a média brasileira e quase o dobro do valor de São Paulo (R$ 33 624,41). Foto: Divulgação
Em 2012, oito Estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal e Bahia) representaram 76,6% no PIB do País, de acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira, dia 14, pelo IBGE. Esta participação conjunta recuou 0,5 ponto percentual em relação a 2011.
Em relação a 2002, este grupo perdeu 3,1 pontos percentuais de participação. Na série 2002-2012, esse grupo de oito Estados perdeu cerca de 3,1 pontos percentuais de participação para os outros 19 Estados e atingiu o menor nível da série. Avanço da fronteira agrícola, incentivos regionais, maior mobilidade das plantas industriais, além do aumento do consumo por parte da população com os menores rendimentos fora dos grandes centros, foram alguns dos fatores que influenciaram essa perda de participação.
A participação dos outros 19 Estados (23,4%) subiu 3,1 pontos percentuais desde 2002. Os destaques foram Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Maranhão, Goiás e Pernambuco, que ganharam 0,6, 0,4, 0,4, 0,3, 0,3 e 0,3 pontos percentuais, respectivamente, de participação no PIB brasileiro. Já Mato Grosso do Sul e Rondônia ganharam 0,2 ponto percentual, cada; enquanto Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba ganharam 0,1 ponto percentual, cada, no mesmo período. Os demais mantiveram as participações de 2002.
Na comparação entre 2011 e 2012, os destaques foram o Rio de Janeiro, segunda economia brasileira, que avançou 0,3 p.p; Pernambuco, que avançou 0,2 p.p., alcançou a segunda melhor colocação neste quesito; além de Mato Grosso e Goiás que avançaram 0,1 p.p.
Na direção oposta, São Paulo foi o estado que mais perdeu participação (0,5 p.p.) indo de 32,6% em 2011 para 32,1% em 2012. Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito federal perderam cerca de 0,1 p.p. de participação, cada um. Os demais Estados mantiveram a mesma participação do ano anterior.
De 2002 a 2012, a participação relativa da região Centro–Oeste no PIB do país foi a que mais cresceu, indo de 8,8% para 9,8%. No entanto, o Sudeste continua com a maior participação entre as regiões (55,2%), embora tenha recuado 1,5 ponto percentual em relação a 2002.
O Distrito Federal mostrou o maior PIB per capita (R$ 64 653,00), quase três vezes a média brasileira e quase o dobro do vice-líder, São Paulo (R$ 33 624,41). Maranhão (R$ 8 760,34) e Piauí (R$ 8 137,51) tinham os dois menores PIB per capita entre as 27 unidades da federação. A publicação completa das Contas Regionais 2012 pode ser acessada em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasregionais/2012/default.shtm
O Sistema de Contas Regionais do Brasil é um trabalho desenvolvido pelo IBGE em parceria com os órgãos estaduais de Estatística, as secretarias estaduais de governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa.
Para estimar o PIB das unidades da federação em 2012, o IBGE usou como parâmetro os resultados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, cujo detalhamento é menor que o Sistema de Contas Nacionais. Este último não pode ser utilizado – como normalmente era feito – porque está em processo de atualização do seu ano base. Assim, esta publicação traz informações apenas sobre as 12 atividades econômicas disponíveis no Sistema de Contas Nacionais Trimestrais e não as 17 que figuram na série 2002-2009.
De 2002 a 2012, três das cinco Grandes Regiões ganharam participação no PIB do Brasil: em pontos percentuais, o Centro-Oeste avançou 1,0; o Norte, 0,6 e o Nordeste, 0,6.
Em 2012, o Sudeste foi responsável por 55,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em relação a 2011, a participação de São Paulo (32,1% do PIB) teve queda de 0,5 ponto percentual, enquanto Rio de Janeiro ganhou 0,3 e Minas Gerais recuou 0,1 ponto percentual. O Espírito Santo (2,4%) manteve sua participação inalterada.
Tabela 1 – Participação percentual das Grandes Regiões no PIB 2002 – 2012
Grandes
Regiões
Participação percentual no Produto Interno Bruto (%)
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Brasil
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
Norte
4,7
4,8
4,9
5,0
5,1
5,0
5,1
5,0
5,3
5,4
5,3
Nordeste
13,0
12,8
12,7
13,1
13,1
13,1
13,1
13,5
13,5
13,4
13,6
Sudeste
56,7
55,8
55,8
56,5
56,8
56,4
56,0
55,3
55,4
55,4
55,2
Sul
16,9
17,7
17,4
16,6
16,3
16,6
16,6
16,5
16,5
16,2
16,2
Centro-Oeste
8,8
9,0
9,1
8,9
8,7
8,9
9,2
9,6
9,3
9,6
9,8
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA.
Com 16,2% do PIB brasileiro, a Região Sul manteve a participação de 2011. Rio Grande do Sul e Santa Catarina perderam participação relativa, ao passar de 6,4% para 6,3%, e de 4,1% para 4,0%, respectivamente. O Paraná (5,8%) manteve a participação de 2011.
A participação da Região Norte (5,3% do PIB), diminuiu 0,1 ponto percentual em relação a 2011, em virtude da perda de participação do Amazonas, que recuou de 1,6% para 1,5% do PIB no período, enquanto os demais estados desta região mantiveram as mesmas participações de 2011.
O Nordeste (13,6% do PIB) avançou sua participação em 0,2 ponto percentual em relação a 2011. Dos estados nordestinos, apenas Bahia (3,8%) e Pernambuco (2,7%) alteraram suas participações no PIB brasileiro: recuo 0,1 ponto percentual e avanço 0,2 ponto percentual, respectivamente, em relação a 2011.
O Centro-Oeste (9,8%) avançou 0,2 ponto percentual em relação a 2011 e alcançou seu maior nível de participação na série. Goiás (2,8%) e Mato Grosso (1,8%) foram os que mais contribuíram para este ganho, pois a participação de ambos avançou 0,1 ponto percentual. Mato Grosso do Sul (1,2%) manteve a mesma participação de 2011, enquanto a do Distrito Federal (3,9%) recuou 0,1 ponto percentual.
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Via: economiasc.com.br