16 fev 2018

ARTIGO: A BALNEÁRIO CAMBORIÚ QUE QUEREMOS

* Eliane Colla

 

As cidades precisam rediscutir a forma de ocupação dos espaços urbanos e esse debate, muitas vezes, gera ruídos entre os diversos setores da sociedade. Desde que a CDL-BC chamou a sociedade para debater a criação da Praça do Cidadão – um espaço multiuso capaz de abrigar um novo centro administrativo no município – o tema ganhou proporções que fogem do interesse principal que é o de oportunizar o diálogo sobre o futuro da cidade.

 

Debater as condições de ocupação dos espaços urbanos de interesse coletivo é, sim, papel das entidades de classe. Neste caso, a CDL assumiu este papel de protagonista por entender que o estrangulamento viário pode trazer sérias conseqüências para a economia de Balneário Camboriú.

 

Portanto, e para que fique bem claro, o objetivo central é estimular a discussão de uma cidade para as pessoas e o uso do solo com equidade. Como entidade de classe empresarial, a CDL-BC é ferrenha defensora da iniciativa privada, mas refuta a ideia de não pensar uma cidade onde existam áreas de convívio entre pessoas, trazendo benefícios para toda a comunidade.

 

Idealizada pelo arquiteto Ênio Faquetti, a Praça do Cidadão busca discutir a cidade para os próximos 50 anos, a abertura de novas vagas de estacionamento e melhorias no trânsito, sem falar na concentração dos órgãos públicos da administração pública em único local.

 

Evidentemente que o poder de decisão para a área em questão é da sociedade, mas neste momento entendemos que a CDL está trazendo à luz da cidade um debate extremamente necessário para entendermos melhor as diferenças entre desenvolvimento planejado e crescimento a qualquer custo, e para qual futuro devemos apontar.

 

* Eliane Colla é presidente da CDL de Balneário Camboriú