Segundo o Serasa, alta no primeiro trimestre da atividade econômica foi de 0,3%. Foto: Divulgação
O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) recuou 0,8% em março de 2014 na comparação com o mês imediatamente anterior (fev/14), já efetuados os ajustes sazonais. Apesar desta queda, o primeiro trimestre encerrou com crescimento de 0,3% da atividade econômica, ajustada sazonalmente, perante o quarto trimestre do ano passado. Na comparação com o mês de março de 2013, houve alta de 1,6% na atividade econômica em março deste ano. Com este resultado, a atividade econômica no acumulado do primeiro trimestre de 2014 subiu 2,3% frente ao mesmo período do ano passado.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o fraco desempenho da atividade econômica em março, bem como do primeiro trimestre como um todo, reflete os impactos adversos das altas da inflação e das taxas de juros sobre a atividade econômica. Além destes, outros elementos também pesaram sobre a economia no primeiro trimestre, como, por exemplo, os recuos dos índices de confiança de empresários e consumidores perante ao acúmulo de incertezas, estas indo desde as dúvidas quando à eficácia do atual combate à inflação, até as fragilidades associadas ao cenário de crescimento econômico global. Também a crise na economia argentina, importante parceiro comercial do país e destino de parte relevante da nossa produção industrial afetou a atividade econômica do primeiro trimestre deste ano.
Do ponto de vista da demanda agregada, o recuo de 0,8% da atividade econômica deveu-se às quedas de 1,1% no consumo das famílias, de 6,9% nos investimentos e de 5,1% das exportações. Pelo lado positivo, tivemos a expansão de 0,4% no consumo do governo e a queda de 9,2% das importações (que entram com sinal negativo no PIB). Todavia, estes dois últimos resultados foram mais que compensados pelas quedas dos três primeiros.
Pelo lado da oferta agregada, a contração da atividade econômica em março/14 só não foi maior porque o setor agropecuário registrou elevação de 2,1% de sua produção. Contudo, a indústria caindo 3,8% e o setor de serviços recuando 0,5% em março pesaram mais sobre a atividade econômica, determinando recuo em seu resultado agregado.
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Via: economiasc.com.br