Índice recuou 4,8% entre julho e outubro, ao passar de 84 para 80 pontos. Foto: Divulgação
O indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE) recuou 4,8% entre julho e outubro, ao passar de 84 para 80 pontos. Na mesma base de comparação, o Indicador da Situação Atual (ISA) caiu de 72 para 64 pontos e o Indicador de Expectativas (IE) manteve-se estável em 96 pontos. Todos os indicadores encontram-se na zona desfavorável de clima econômico.
No plano mundial também houve piora do clima econômico. O ICE do Mundo, que havia melhorado entre abril e julho, caiu 14% em outubro ao passar de 130 pontos, em julho, para 112 pontos. Mesmo com a queda, o ICE manteve-se na zona favorável do ciclo. A piora do ICE mundial decorreu da queda do indicador nas principais economias: União Europeia (-13%), China (-13%) e Estados Unidos (-8,3%). A queda significativa do indicador sinaliza uma piora do cenário econômico mundial para os próximos seis meses.
Na comparação entre julho e outubro o IE melhorou em 5 dos 11 países analisados (Brasil, Chile, Equador, Paraguai e Peru), sendo desfavorável no Equador e no Brasil; ficou estável em dois (Bolívia e Venezuela); e piorou nos outros quatro. Se compararmos com outubro de 2013, o IE piora em 5 países, fica estável em dois e melhora em quatro (Chile, Peru, Uruguai e México). Chama atenção a melhora no Chile. Neste país, o IE aumenta em 62%, e no Peru, 36%. Em outubro de 2014, o IE é favorável somente no Chile, México, Paraguai e Peru. Logo uma melhora no desempenho econômico para os próximos meses é sinalizada para poucos países da região pela Sondagem.
A avaliação da situação atual mostra igualmente que a região está longe de entrar numa fase de otimismo, pois apenas 5 países registraram ISA favorável — Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai — sendo que na Colômbia e no Uruguai o indicador recuou entre julho e outubro. Com esses resultados e os do IE, o clima econômico foi favorável em outubro na Bolívia, Colômbia, Paraguai e Peru.
A sondagem de outubro trouxe uma enquete sobre os principais problemas que os países enfrentam em relação ao crescimento econômico. No Brasil foram considerados problemas importantes em ordem decrescente: falta de confiança na política do governo; falta de competitividade internacional; inflação; déficit público; e, falta de mão de obra qualificada. Nos 11 países analisados na América Latina, Colômbia e Paraguai se destacam por registrarem apenas um problema como relevante: competitividade internacional e mão de obra qualificada, respectivamente.
Por fim, a projeção do PIB da América Latina pelos especialistas consultados pelo Ifo para os próximos 3 a 5 anos registrou piora em relação ao dado de outubro de 2013, passando de 3,2% para 2,9%. No mundo houve ligeira melhora, de 2,6% para 2,7%. O cenário mundial continua incerto, pois na União Europeia o aumento foi marginal de 1,6% para 1,7%, na China caiu de 6,8% para 6,4% e uma nítida melhora ocorreu apenas nos Estados Unidos onde a projeção passou de 2,2% para 2,6%.
Os índices são elaborados em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV tendo como fonte de dados a Ifo World Economic Survey (WES). (FGV/Ibre)
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