A diretoria do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú defendeu hoje, dia 29 de julho, a importância da criação do Parque Inundável para garantir o abastecimento de água das cidades de Camboriú e Balneário Camboriú. O Parque Inundável multiuso tem com objetivo regularizar a vazão do Rio Camboriú e conter cheias nas áreas ribeirinhas. A defesa foi feita durante reunião convocada para discutir a situação hídrica regional, realizada na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Balneário Camboriú. A CDL vai oficiar as prefeituras das duas cidades beneficiadas com o parque de que é favorável à obra. A reunião contou com a participação de representantes da diretoria da CDL, o presidente da AMPE, Nivaldo Ávila dos Santos, o diretor executivo da Acibalc, Fernando Assinti, integrantes do Fórum Permanente da Sociedade Civil e da Comissão de Meio Ambiente da OAB-BC.
A ideia do Parque Inundável foi sugerida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú como a solução mais eficiente para os dois momentos extremos do Rio Camboriú: estiagem e cheia. Além de aumentar a disponibilidade hídrica e deter as vazões de cheias, o projeto também será um espaço para uso recreativo e de conservação ambiental dessa área.
Segundo o professor da Univali e doutor em Ciências Naturais, Paulo Roberto Schwingel, estudos realizados pelo Comitê indicam que o potencial hídrico do Rio Camboriú, sem a construção de área de reservação, é suficiente para garantir o abastecimento somente até 2027. De acordo com o presidente do Comitê, Gilmar Pedro Capelari, pequenas atitudes individuais também ajudariam a reduzir o consumo de água.
Em Balneário Camboriú o consumo médio diário por pessoa é de 300 litros de água. Em Camboriú esse número varia de 130 a 150 litros por pessoa. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), 110 litros de água por dia é suficiente para atender as necessidade básicas do ser humano. A construção do parque tem um custo estimado em R$ 100 milhões, já considerando os valores a serem pagos com indenizações.
O Parque Inundável será de responsabilidade da Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (Emasa). O local terá capacidade para armazenar de 2 a 3 bilhões de litros de água bruta para serem usadas quando necessário.