Existem muitas situações cotidianas de alta pressão. Muitas acontecem no trabalho: reuniões importantes com clientes, prazos apertados e apresentações para chefes. Dominar o estresse é, portanto, uma habilidade profissional.
Art Markman, escritor e professor de psicologia da Universidade do Texas em Austin, explicou no site da Fast Company como preparar o cérebro para encarar situações de maior pressão.
“Existem duas grandes facetas da pressão, e eles resultam em consequências previsíveis,” afirma. “Pesquisas feitas em meu laboratório mostram que a pressão canaliza seu foco para todas as coisas que podem dar errado no mundo. Seus pensamentos saem de todas as coisas potencialmente boas e vão para os problemas.”
A pressão limita a quantidade de informações que você consegue segurar de uma só vez. O cérebro passa a se distrair com a atividade do corpo, como por exemplo, em tiques ou na respiração.
Como evitar a desconcentração? Markman tem três sugestões:
Controle suas recompensas
A pesquisa de Markman afirma que existe uma relação entre o estado emocional da pessoa com o ambiente em que ela está. Por exemplo, em um ambiente positivo, de baixa pressão, a criatividade aumenta quando a recompensa esperada é maior.
No entanto, em situações de alta pressão, negativas, a criatividade é maior quando se tem menos a perder.
Ele cita um teste que pode ser feito para medir recompensas: antes de começar uma tarefa, crie um “prêmio” para receber depois de terminar. Markman usa de exemplo uma pilha de notas de US$ 1. Cada vez que você fizer algo não relacionado à tarefa, tire uma nota do montante, diminuindo a “recompensa”.
A ideia é continuar focado na tarefa necessária. Em situações de pressão, a possibilidade da perda da recompensa vai deixar você mais focado e criativo.
Treine muito
A melhor maneira de se preparar para situações de muita pressão é criando “treinos”, de dificuldade gradativa, para se adequar a momentos desagradáveis. Markman diz que, afinal, estar sob pressão é desagradável e seu cérebro está naturalmente condicionado a evitar isso.
Como exemplo, ele sugere discursar em público. Comece treinando seu discurso em voz alta, sozinho. Depois, faça o discurso para um colega. Mais tarde, para um grupo de colegas. Aos poucos, o cérebro vai se acostumando com a ideia de discursar para um auditório cheio de estranhos.
Foque no necessário
Estar sob pressão faz o cérebro atentar para detalhes secundários. Por exemplo, o tom de voz ou aos gestos feitos durante a fala. Isso atrapalha, na hora de agir.
Enquanto treina para lidar com a pressão, Markman sugere anotar em um papel o que de fato é importante para sua tarefa. Assim, o cérebro aprende a manter o foco e se manter criativo.
Fonte Newtrade