Índice recua 5,1% entre abril e maio, mostrando um cenário negativo para o setor. Foto: Divulgação
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou 5,1% entre abril e maio de 2014, ao passar de 95,6 para 90,7 pontos. O resultado aprofunda o distanciamento do índice em relação à média histórica, de 105,5 pontos, ao registrar a maior variação negativa na margem desde dezembro de 2008 (-9,2%).
Houve deterioração tanto das avaliações sobre o momento presente quanto das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 5,1%, para 92,3 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) recuou 5,0%, para 89,2 pontos. A piora do ambiente de negócios, captada por todos os quesitos integrantes do ICI, sinaliza desaceleração da atividade no setor e aumento do pessimismo em relação à possibilidade de reversão da tendência nos próximos meses.
As avaliações das empresas sobre o nível de demanda exerceram o maior impacto na queda do ISA. O indicador recuou 7,3% em maio, influenciado pela piora tanto no nível de demanda interna quanto externa, atingindo o menor nível desde abril de 2009 (80,5 pontos). Houve diminuição da proporção de empresas que avaliam o nível de demanda como forte, de 11,5% para 8,3%, e aumento da parcela de empresas que o consideram fraco, de 17,3% para 21,0%.
Pelo quarto mês consecutivo, o quesito que mede as expectativas com a produção no curto prazo foi o que mais contribuiu para a queda do IE. O indicador recuou 7,0% entre abril e maio, atingindo o menor nível desde fevereiro de 2009 (100,3 pontos). Houve diminuição da proporção de empresas que preveem produzir mais nos três meses seguintes, de 27,1% para 22,4%, e aumento da parcela das que preveem produzir menos, de 12,0% para 15,3%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) avançou 0,2 ponto percentual, ao passar de 84,1% em abril para 84,3% em maio. (Ibre/FGV)
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Via: economiasc.com.br