30 jul 2014

Consumo de gás natural cresce 9,3% no 1º semestre

No primeiro semestre deste ano, foram consumidos 77,3 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, segundo Abegás. Foto: Sergio Vale/Secom Acre/Divulgação

No primeiro semestre deste ano, foram consumidos 77,3 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, segundo Abegás. Foto: Sergio Vale/Secom Acre/Divulgação

O consumo de gás natural no país cresceu 9,3% no primeiro semestre deste ano em comparação com o período janeiro a junho do ano passado. Foram consumidos 77,3 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia), segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

De acordo com a Abegás, o aumento nas vendas foi impulsionado pela demanda maior nos meses de março e abril pelos setores de cogeração a gás e geração termelétrica. Em ambos os casos, houve necessidade de geração térmica a partir do gás natural para suprir a baixa capacidade dos reservatórios do país, principalmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

O setor de cogeração a gás cresceu 3,3% nos primeiros seis meses, enquanto o de geração termelétrica o crescimento foi 10,3%. “O setor de cogeração vem ganhando força desde maio por conta da maior competitividade sobre outros insumos energéticos e da alta do preço da energia elétrica”, avaliou a Abegás.

O consumo residencial cresceu 20,7% em junho em relação ao mês anterior, no segmento comercial, subiu 8,1%.

O consumo no setor automotivo voltou a cair em junho, com baixa de 4,7%. Na comparação com os seis primeiros meses do ano passado, a queda foi 2,8%. As indústrias aumentaram o consumo em 1,9% no comparativo com o primeiro semestre de 2013, mas fecharam o mês de junho com queda de 4,1% em relação ao mês anterior.

Para o presidente-executivo da Abegás, Augusto Salomon, apesar de o resultado do primeiro semestre ter sido positivo, a perda de competitividade das indústrias que fazem uso intensivo do gás natural deverá provocar queda maior no consumo do produto.

Na avaliação de Salomon, o reajuste de 1,57%, em média, no preço do gás natural a partir de 1º de agosto, também impactará na competitividade e produção da indústria. “Os combustíveis substitutos do gás natural vêm sendo subsidiados e tendo até preços congelados, o que cria uma distorção imediata na produção industrial. Não queremos subsídios, e sim, preços igualitários”, destaca.

A região Sudeste concentra o maior consumo de gás natural do país, com volume médio diário de 48,5 milhões de m³. Em seguida, vem o Nordeste, com 15,5 milhões de m³/dia. (Agência Brasil)

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Via: economiasc.com.br