Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu manter juros altos. Foto: Divulgação
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira, 28 de maio, pela manutenção da taxa básica de juros em 11%.
Os juros já aumentaram 3,75 pontos percentuais desde a taxa mínima de 7,25% de março de 2013. É um dos mais longos ciclos de aperto monetário desde o início do regime de metas de inflação inaugurado em 1999. Alguns fatores explicam essa manutenção. O primeiro deles é a amenização do cenário de instabilidade do início do ano. Contribuiu para isso a acomodação do câmbio, com o dólar orbitando ao redor de R$ 2,23. O segundo deles é a constante revisão para baixo do crescimento do PIB, fazendo com que as projeções da inflação também se reduzam. E o terceiro fator deriva do cenário externo, pois agora existe a certeza que as taxas de juros norte-americanas não se elevarão tão cedo.
Para os próximos meses, a expectativa é que o Banco Central continue monitorando os níveis de preço do país e não se descarta a possibilidade de novos aumentos, visto que em seu comunicado o termo “neste momento” voltou a aparecer.
A Fecomércio SC considera que não houve surpresa na decisão do Copom, já que o cenário inflacionário do país é preocupante e necessita de atenção. Entretanto, a manutenção dos juros elevados, apesar de previsível, não pode ser comemorado pelo setor produtivo, já que onera o investimento, dificultando ainda mais a saída do país do patamar de baixo crescimento que se encontra.
Soma-se a isso o fato de que a resposta dos preços à taxa de juros elevada está se dando de maneira muita lenta. Em contrapartida, a queda no volume de vendas do comércio e nos níveis de produção da indústria já foi atingindo. Para a Fecomércio SC, a adoção de outras medidas, como um verdadeiro ajuste fiscal e uma subsequente reforma tributária, seriam muito mais efetivos para combater ambos os problemas: baixo crescimento e inflação.
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Via: economiasc.com.br