Presidente Dilma Rousseff e o governador Raimundo Colombo participam da formatura de 2 mil alunos do Pronatec, em Florianópolis. Foto: James avares /Secom/ Divulgação
Giovana Kindlein
Após anunciar recursos federais de R$ 527 milhões para infraestrutura, mobilidade urbana e saúde em Santa Catarina, a presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, dia 6, em Florianópolis, que a legislação mais importante aprovada no ano passado foi a lei que assegura 75% dos royalties do petróleo e 50% do excedente do óleo pré-sal para a educação. “O que me dá segurança de que o PNE vai ser cumprido é que existem recursos para que se cumpra este plano, que se cumpram as metas”, disse ela e foi aplaudida pelo público presente. O Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado pelo Congresso Nacional na última terça-feira, dia 3.
A presidenta também participou da formatura de dois mil alunos do Pronatec e elogiou a atitude da recém-formada técnica em edificações e eque está no curso tecnólogo terceiro módulo de construção de edifícios Cassiane Aparecida da Silveira, 18 anos, filha de agricultores de Alfredo Wagner, que discursou em nome do grupo. “Fui escolhida pela minha trajetória de vida, por eu não ter parado de estudar. O Pronatec me ajudou bastante com o fornecimento de vale-alimentação e vale-transporte”, disse a estudante do Pronatec. Dilma as características do Pronatec, que segundo ela, são de gratuidade, qualidade do ensino pelo Sistema S e pelos institutos federais de educação e, em terceiro lugar, a oferta de cursos variados cursos de acordo com as necessidades do mercado de cada região.
Dilma disse que o seu compromisso é garantir que o Pronatec seja permanente e que aumente o número de vagas. Foi aplaudida pelos dois mil alunos. Esse ano foram oito milhões de vagas ofertadas.”Essa semana vamos lançar o que o ministro da Educação chama de Pronatec 2.0″, afirmou. Será a segunda etapa do programa. Em Florianópolis são quase 300 mil formandos. Para ela, a educação tem o papel de garantir a sustentabilidade da ascensão social ocorrida nos últimos anos no Brasil, em especial entre a população de menor renda, e também de garantir mão de obra qualificada para o desenvolvimento econômico brasileiro.
A novidade nesta sexta-feira, ficou por conta do anúncio de recursos para construção de uma nova adutora no Oeste do Estado, no rio Chapecozinho, na região de Xanxerê, no Oeste Catarinense. O projeto também prevê uma estação de tratamento e quatro reservatórios (nas cidades de Xanxerê, Xaxim, Cordilheira Alta e Chapecó), beneficiando uma população de 250 mil habitantes. O investimento é da ordem de R$ 200 milhões, sendo que R$ 120 milhões já estavam garantidos e agora foram confirmados os R$ 80 milhões restantes.
Foram confirmados também a compra de equipamentos para o Hospital Regional de Biguaçu, na Grande Florianópolis; a inclusão no PAC da obra da travessia urbana da BR-282, em Xanxerê, também no Oeste; e mais de R$ 400 milhões para investimentos em mobilidade urbana em Florianópolis. Também foram anunciados incentivos que beneficiam universidades comunitárias de todo o país.
Protesto humilde
Houve protestos isolados de um grupo de servidores públicos federais do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que queriam se aproximar da presidenta para negociar acordos salariais, mas foram impedidos por policiais militares de atravessar a passarela que liga ao centro de convenções CentroSul. Eles estão em greve desde o dia 12 de maio. “Temos o pior salário de todo o funcionalismo público federal”, argumentou a historiadora Regina Santiago.
Também na entrada do portão principal do CentroSul , o recepcionista de hostel em Florianópolis, Walesson Moisés Faria, 28 anos, ao lado da mulher, a arqueóloga, Laura Haupt, 25, segurava uma placa com os seguintes dizeres: “Dilma, você é uma vergonha para o Brasil! Fora Dilma! Fora PT”. Indignado, disse que “não era contra a Copa do Mundo, mas que não tinha lógica construir um estádio antes de construir uma estrada para chegar ao estádio”.
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Via: economiasc.com.br