Executivo Roberto Klabin falou sobre sustentabilidade no almoço-debate do Lide SC. Foto: Fernando Willadino / Divulgação
Giovana Kindlein
O empresário do setor de papel e celulose, membro do conselho de administração da Klabin, o executivo Roberto Klabin, surpreendeu o empresariado catarinense ao trazer nesta terça-feira, dia 21, para a mesa principal do Lide Santa Catarina (Grupo de Líderes Empresariais) a coordenadora de políticas públicas da Apremavi, Míriam Prochnow, que desenvolve uma parceria com a Klabin, e a diretora da SOS Mata Atlântica, a jornalista especializada em direito ambiental, Maria Luísa Ribeiro, atual coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, fundação da qual Klabin é vice-presidente.
O executivo condicionou sua palestra em Santa Catarina, à participação das representantes da Apremavi (Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida) e da coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica. O presidente do Lide SC, o presidente da holding Multicorp, Wilfredo Gomes, aceitou.
Klabin abriu o debate elogiando o espaço da Mostra Casa&Cia, onde realizou sua palestra, no almoço-debate, promovido pelo Lide Santa Catarina. O executivo faz parte do comitê do Lide nacional, na área de sustentabilidade. “O meu papel é conscientizar os empresários das grandes mudanças que estão ocorrendo no planeta e dos grandes desafios que nós temos para as nossas empresas”, disse. Segundo ele, quem está mais preparado para dar respostas às mudanças na área ambiental são as empresas, porque elas são pressionadas pelos consumidores”.
A Klabin é hoje a maior fabricante brasileira de papéis para embalagem. A maior planta da empresa está situada em Telêmaco Borba, no Paraná. São mais de 440 hectares, dos quais 12 hectares são de florestas nativas, que formam verdadeiros moisacos entre as áreas plantadas. “A Klabin está num esforço grande para introjetar a sustentabilidade na prática do seu dia a dia. Isso ainda requer uma grande mudança de mentalidade”, afirmou.
A gigante da celulose deu o nome de puma ao seu principal projeto atualmente. Segundo o executivo, a Klabin pretende dobrar a sua capacidade produtiva. “A empresa vai produzir um milhão e meio de toneladas de celulose, sendo 400 mil de fibra longa para produzir a celulose “fluff”, produto para fraldas descartáveis e absorventes higiênicos.
Por sua vez, Maria Luísa Ribeiro apresentou uma radiografia da macrorregião de São Paulo e expôs a situação da falta de água na cidade com exemplos de que como a poluição compromete a qualidade e a disponibilidade de água. Apesar da gravidade do problema, citou a redução nos últimos quatro anos do trecho considerado “morto” do rio Tietê e disse que é preciso mudar a lei para que a gestão do saneamento seja feita pela região metropolitana. “Hoje, os municípios da bacia do rio Tietê, que não são operados pela Sabesp, não querem pagar pelo investimento”.
A coordenadora de políticas públicas da Apremavi, Míriam Prochnow, falou sobre a parceria de 10 anos com a empresa. “Não é mais um caso e sim um casamento”, destacou. Segundo Míriam, o sistema de gestão ambiental certificado pela ISO 14001 ampara sua política de sustentabilidade no conceito 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) e mostra o compromisso com a conservação dos recursos naturais e redução constante do uso de recursos não-renováveis, principalmente a água. “Para o desenvolvimento sustentável, basta simplesmente começar”, disse.
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Via: economiasc.com.br