Entre as oportunidades está o aumento da geração local via pequenas centrais elétricas e parques eólicos, solares e a carvão. Foto: divulgação
A indústria da energia é um segmento central para a economia, com muitas possibilidades de crescimento e no qual Santa Catarina se destaca pela alta produtividade. Estas são algumas das conclusões de industriais e especialistas reunidos no painel sobre o setor, promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que aconteceu nestas quarta e quinta-feiras, dia 1º e dia 2 em Florianópolis.
Durante o evento, os participantes conheceram estudo econômico que mostra que ganhos de produtividade obtidos neste segmento beneficiam toda a economia, contribuindo para reduzir índices de inflação e taxas de juros, entre outros impactos. O material também revelou que o setor de utilities, que abrange os segmentos de energia elétrica, gás e água, responde por 6% do PIB catarinense, contra uma representatividade de 3% no Brasil.
Segundo os participantes, a boa oferta de cursos técnicos e de graduação na área contribui para a força do setor no Estado. “Um dos nossos objetivos é termos trabalhadores com níveis de escolaridade melhor, trabalhadores mais produtivos e que possam, a partir da sua capacitação, ter uma perspectiva de carreira mais promissora na própria empresa”, afirmou o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.
De acordo o IBGE, o subsegmento de fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, tem produtividade média anual de R$ 117 mil por trabalhador em Santa Catarina, contra R$ 93 mil no Brasil. Os estudos apresentados mostram também que em Blumenau estão 12% dos estabelecimentos, enquanto Jaraguá do Sul concentra 15% dos empregos do setor como um todo.
Entre as oportunidades apontadas para o futuro do setor no Estado está o aumento da geração local via pequenas centrais elétricas e parques eólicos, solares e a carvão. Este potencial de avanço, no entanto, esbarra na complexidade e morosidade do processo de obtenção de licenças para estes empreendimentos. As visões de futuro, e os empecilhos para seu atingimento, servirão como base para a atuação da Fiesc e suas entidades. A Federação defenderá ainda estas questões junto aos governos e a sociedade organizada.
Outro caminho promissor apontado para o segmento é o da eficiência energética, seja através do desenvolvimento de redes inteligentes e motores mais econômicos, seja pelo reprojeto de usinas antigas. Há casos de hidrelétricas que, após atualização de equipamentos e otimização de projeto, tiveram a capacidade de geração triplicada.
Neste sentido, as indústrias de Santa Catarina já contam com serviços especializados oferecidos pelo Senai, com abordagem econômica, técnica e de gestão. Entre as atividades estão a análise de viabilidade econômica na opção entre mercado livre e cativo, identificação de perdas e avaliação luminotécnica.
O painel integra o Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense, (PDIC 2022), que é desenvolvido pela Fiesc, em associação com universidades e centros de pesquisa.
PDIC
As ações propostas para contornar os fatores críticos e embarcar nas tendências serão utilizadas na construção de rotas de crescimento para o setor até 2022. Além do segmento de energia, o programa integra outros 15 setores produtivos da economia catarinense. O PDIC propõe ações futuras e promove, no longo prazo, uma dinâmica de prosperidade industrial. A primeira rota setorial será lançada hoje, dia 3 em Joinville, com dados e projeções para os setores metalmecânico e de metalurgia. O programa pretende formular, até o início de 2015, um Masterplan com os principais pontos críticos que afetam o desenvolvimento da indústria no Estado.
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Via: economiasc.com.br