Arena das Dunas, em Natal, foi certificada pelo Organismo de Inspeção em Eficiência Energética de Edificações (OI3E), da Fundação Certi, de Florianópolis. Foto: Valter Campanato/ ABr / Divulgação
A primeira etiqueta de eficiência energética do Brasil para um estádio de futebol foi concedida no último dia 12 para a Arena das Dunas, em Natal, Rio Grande do Norte, um dos doze estádios-sede da Copa do Mundo de 2014. O estádio recebeu etiqueta nível A. A inspeção de projeto para a concessão da etiqueta foi realizada pelo Organismo de Inspeção em Eficiência Energética de Edificações (OI3E), da Fundação CERTI, instituição de Florianópolis que atualmente é a única acreditada pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CGCRE) para conceder esse tipo de certificação.
Ao comprar um eletrodoméstico, geralmente olhamos preço, marca e, não menos importante, a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), com classificação de A (mais econômico) até E (menos econômico). Quem levar para casa uma geladeira, condicionador de ar ou lavadora de roupas com classificação A, vai economizar energia elétrica – e dinheiro no fim do mês.
Até aí, nenhuma novidade. Mas e se fosse possível saber o nível de eficiência energética de uma casa ou prédio? Pois isso já é realidade no Brasil. Edificações residenciais, comerciais, de serviços e públicas podem obter a ENCE.
Para atender ao mundial e também aos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, recentemente foi publicada pelo Inmetro a Portaria complementar n° 126/2014, que traz os requisitos específicos para a avaliação de eficiência energética de estádios. A avaliação das arenas é bastante semelhante à dos edifícios comerciais, de serviços e públicos. São avaliados, em conjunto: envoltória (materiais de paredes e cobertura), sistema de iluminação e sistema de condicionamento de ar. Além disso, inovações que contribuem para economia de água e de energia podem aumentar em até um nível a classificação final.
A Arena das Dunas conquistou o Nível A com um projeto visando à eficiência energética, que utiliza paredes e coberturas com bom desempenho térmico, lâmpadas e condicionadores de ar eficientes, além da instalação de equipamentos economizadores de água e reaproveitamento de água pluvial.
Estudos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) indicam que, em uma edificação com etiqueta A de eficiência energética, pode haver redução de até 32% no consumo de energia, em comparação com uma edificação com nível inferior. Edificações eficientes, além de trazerem mais conforto para os usuários, consomem menos água e energia, ajudando a preservar os recursos naturais e o meio ambiente.
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Via: economiasc.com.br