As exportações brasileiras de carne bovina para os países árabes, que representam o maior mercado para o produto nacional, bateram novo recorde no primeiro semestre de 2014, tanto em receita (valor em milhões de dólares) quanto em quantidade (volume em toneladas), em comparação com o mesmo período do ano anterior. As vendas do produto carnes desossadas de bovino congeladas, por exemplo, aumentaram quase 20%.
Já o produto fresco ou refrigerado cresceu 18,22% em receita, e 15,35% em volume. Somadas as exportações de carnes de bovinos atingiram US$ 475 milhões. A informação vem de balanço divulgado pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. “Esses aumento se devem a um melhor desempenho da economia em alguns países. Em países como o Egito, a carne brasileira tem qualidade muito superior à indiana”, explicou o diretor geral e CEO da Câmara Árabe, Michel Alaby.
As exportações de carnes de aves também apresentaram desempenho positivo. O produto pedaços e miudezas congelados de frango – que representa quase 8% do total da pauta de exportação aos países árabes -, por exemplo, aumentou 5,59% em volume. No total de resultados em comércio exterior, o Brasil exportou mais de US$ 1,66 bilhão em carnes de aves.
AGRONEGÓCIO
Outro destaque da pauta foi o milho em grãos – exceto para semeadura – que cresceu quase 25% em volume, num total de cerca de US$ 333 milhões.
Além dos produtos do agronegócio, mercadorias destinadas a outras indústrias, como a alumina calcinada – muito utilizada no segmento de siderurgia – também demonstrou performance positiva, com exportações aumentando em cerca de 80%, tanto em receita quanto em volume, acumulando quase US$ 300 milhões.
Junto às carnes, milho e alumina, integram o ranking dos 10 produtos mais exportados pelo Brasil aos árabes (com respectivas receitas) os açúcares (U$S 1.528.808.036), os minérios de ferro (US$ 1.333.354.846) e a soja (US$ 183.489.436).
Os Emirados Árabes Unidos ocupam o topo do ranking como destino das exportações dos produtos brasileiros ao Oriente Médio de Norte da África com 20% de participação e apresentando avanço de 5,41%, o que soma quase US$ 1,2 bilhão e 2,5 milhões de toneladas.
Em segundo lugar está o Egito, com quase US$ 1 milhão, 2,2 milhões de toneladas, 15,6% de participação e 4,57% de crescimento. Em seguida, destacam-se (com respectivos percentuais de aumento) Argélia (5,41%), Barein (18,94%), Catar (21,96%), Síria (143,84%), Palestina (13,39%), Djibuti (143,50%) e Comores (48,44%).
ALIMENTOS
Além dos já citados, entre os produtos alimentícios com maiores crescimentos no primeiro semestre de 2014 estão, com seus respectivos aumentos e receitas, miúdo de frango (+23% – US$ 8 milhões), ovos de aves (+13% – US$ 1,8 milhão), suco de laranja (+48% – US$ 6,7 milhão), leite condensado (+12% – US$ 3,6 milhões), arroz semi branqueado (+37% US$ – 3,2 milhão), outros feijões (+28% – US$ 2,2 milhões), outros produtos de confeite sem cacau (balas) (+38% – US$ 1,9 milhão), carne de pato (+21% – U$ 1,9 milhão) e outros chocolates (+ 18% – US$ 1 milhão).
Novos produtos figuram também como destaque da pauta no primeiro semestre de 2014. São novos itens sem registro nos primeiros seis meses de 2013 e com exportações em dólares superiores a US$ 1 milhão. Com respectivas receitas, são eles aviões e veículos aéreos (US$ 39 milhões), leite integral e em pó (US$ 36.6 milhões), bem como outros bovinos vivos (US$ 35,8 milhões), além de diamantes brutos, óleo butírico de manteiga e betume de petróleo, entre outros.
Apesar da estagnação da relação econômica do Brasil com parceiros tradicionais – como Argentina, Estados Unidos, China e países da Zona do Euro -, as nações da Liga Árabe se mantêm na quinta posição como quinto maior destino das exportações brasileiras para o mundo.
A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira representa 22 países árabes, foi fundada em 1952 e tem como missão aproximar comercialmente o Brasil dos países árabes, incrementando intercâmbios culturais e turísticos entre árabes e brasileiros. A entidade oferece diversos serviços, como certificação de documentos, informações de mercado, traduções, realiza eventos e workshops. Disponibiliza, também, o Espaço do Conhecimento Comercial, um centro de referência para pesquisas das relações entre o Brasil e os países árabes.
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Via: economiasc.com.br