Sementes crioulas são forma de combater o uso de agrotóxicos e promover a agroecologia nos assentamentos. Foto: Divulgação
A importância dos assentamentos no resgate de sementes crioulas e no desenvolvimento da agricultura orgânica ficou clara para quem visitou a 4ª edição da Feira da Economia Solidária, promovida no último final de semana, em Caçador, no meio-oeste catarinense. Assentados do projeto Hermínio Gonçalves dos Santos e integrantes das cooperativas Coopercontestado e Coopermoc, que comercializam a produção da reforma agrária catarinense, participaram da feira promovida pela Cáritas Brasileira no parque central da cidade.
As famílias assentadas comercializaram alimentos in natura, mudas de hortaliças orgânicas e sementes. Já as cooperativas venderam alimentos industrializados por elas como feijão orgânico, leite, queijo e derivados. Todos os produtos levados pelos assentados foram comercializados, o que demonstra o sucesso da participação na feira.
A articulação para participação na feira se deu graças ao trabalho dos profissionais que prestam Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para o Incra na região. Para a médica veterinária Neiva Carneiro, vale a pena incentivar esse tipo de ação. “Além de ser benéfico à comercialização da produção convencional, participar de feiras é muito válido para incentivar os grupos orgânicos que ainda estão em processo de transição e para o resgate de sementes crioulas”, revela.
A diversidade de sementes impressionou positivamente os visitantes, que desconheciam o trabalho realizado por grupos de assentados para resgatar e multiplicar as sementes crioulas, aquelas cultivadas há anos pelos próprios agricultores locais. Esse esforço visa assegurar a biodiversidade da agricultura familiar, o que vai na contramão da homogeneização recorrente no agronegócio. Os técnicos de Ater incentivam o uso de sementes crioulas como forma de combater o uso de agrotóxicos e promover a agroecologia nos assentamentos.
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Via: economiasc.com.br