23 jul 2014

Fiesc realiza encontro com indústria emergente

Representantes do setor automobilístico, aeronáutico e ferroviário participaram do debate. Foto: Divulgação

Representantes do setor automobilístico, aeronáutico e ferroviário participaram do debate. Foto: Divulgação

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) realizou, em Joinville, debates com representantes dos setores automobilístico, aeronáutico e ferroviário. Entre os tópicos abordados, esteve a instalação de montadoras de automóveis como apenas uma parte do processo de crescimento. O encontro foi realizado nesta segunda e terça-feira, dia 21 e 22. As ações propostas no debate serão utilizadas na construção de rotas de crescimento para o setor até 2022. Este trabalho integra o Programa de Desenvolvimento da Indústria Catarinense (PDIC), que a Fiesc está elaborando.

“O Brasil ainda tem um baixo índice de automóveis por habitante, menor até que o de outros países da América Latina. O potencial de crescimento é enorme”, afirmou Luis Carlos Guedes, vice-presidente da diretoria executiva da Tupy.

A instalação de montadoras no Estado, no entanto, é vista como um passo inicial deste processo. “É preciso atrair sistemistas e desenvolver uma cadeia produtiva integrada. Isso gera mais empregos e oportunidades para Santa Catarina”, defendeu Albano Schmidt, presidente da Termotécnica.

Segundo dados apresentados no painel, o maior subsegmento no estado é, atualmente, o de autopeças, sendo que 93% das exportações são de empresas sediadas em Joinville. Os principais destinos destes embarques são os Estados Unidos (36%), o México (27%) e o Reino Unido (18%).

Este é o segundo painel setorial realizado pela Fiesc em Joinville. Neste ano já foram debatidas as questões do setor metalmecânico. Em outubro será realizado ainda um terceiro painel na cidade, para discutir o setor de bens de capital. Na opinião de Mario Cezar de Aguiar, primeiro vice-presidente da Fiesc, isso reforça a importância que a região tem para a indústria do Estado.

Ferroviário

Iniciada em 1854, a malha ferroviária brasileira tem apenas 23 mil km de ferrovias. Muitas delas são consideradas antigas, inadequadas. Esta é, na visão dos participantes, uma grande oportunidade para a indústria local, que tem grande tradição no setor metalmecânico.

Para participar do trabalho de recuperação, modernização e ampliação do transporte ferroviário, que vem sendo incentivado pelo governo, a indústria do Estado precisa, na visão dos painelistas, se estabelecer como desenvolvedora de soluções inovadoras para o setor. Para isso, será preciso investir em pesquisa e estreitar os laços com universidades e institutos.

Aeronáutico

A tendência de aumento da aviação regional, com a construção de diversos aeroportos de pequeno porte pelo país, pode ser a oportunidade para o florescimento de uma indústria aeronáutica no Estado. Pra isso, é preciso investir na qualificação dos trabalhadores e no desenvolvimento de pesquisas com foco em aeronaves de pequeno porte.

Atualmente, o SENAI já opera em Palhoça uma escola voltada ao setor aeronáutico. A estrutura conta com 2,4 mil metros quadrados de laboratórios didáticos e um hangar para a formação de diversas carreiras ligadas ao setor.

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Via: economiasc.com.br