Com alta acumulada de 22,17% desde agosto de 2013, valor chega R$ 346,99. Foto: Divulgação
Em julho, Florianópolis foi a cidade onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 346,99) e apresentou a segunda menor variação negativa (-1,91%) em relação a junho. Os dados são da Pesquisa da Cesta Básica de Alimento feita mensalmente pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Os preços do conjunto de bens alimentícios essenciais diminuíram em todas as 18 capitais pesquisadas. As maiores quedas foram registradas em Brasília (-7,16%), Curitiba (-7,11%), Porto Alegre (-5,88%) e Natal (-5,27%). A segunda maior cesta foi observada em São Paulo (R$ 345,42), seguida por Vitória (R$ 330,71). Os menores valores médios da cesta foram verificados em Aracaju (R$ 239,72), Salvador (R$ 270,06) e João Pessoa (R$ 270,60).
Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deva ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em julho deste ano, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.915,07, ou seja, 4,03 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em junho, o mínimo necessário era maior, equivalendo a R$ 2.979,25, ou 4,11 vezes o piso vigente. Em julho de 2013, ficava em R$ 2.750,83, ou 4,06 vezes o mínimo da época (R$ 678,00).
Variações acumuladas
No acumulado dos primeiros sete meses de 2014, 16 capitais apresentaram alta no valor da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Aracaju (10,58%), Florianópolis (8,66%) e Recife (7,82%). As reduções foram verificadas em Campo Grande (-2,54%) e Belo Horizonte (-1,25%).
Em 12 meses – entre agosto de 2013 e julho último, 17 cidades tiveram variações positivas, com destaque para Florianópolis (22,17%), Curitiba (10,37%) e Rio de Janeiro (9,81%). A retração ocorreu em João Pessoa (-1,79%).
Em julho, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador remunerado pelo
salário mínimo precisou realizar, na média das 18 capitais pesquisadas, jornada de 92 horas e 03
minutos, tempo inferior às 96 horas registradas em junho. Em julho de 2013, a jornada
comprometida era maior, já que naquele mês foram necessárias 92 horas e 56 minutos. 3
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto
referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional
comprometeu, em julho, 45,48% dos vencimentos para comprar os mesmos produtos que em
junho demandavam 47,43%. Em junho de 2013, o comprometimento do salário mínimo líquido
com a compra da cesta era maior e equivalia a 45,92%.
Comportamento dos preços
Em julho, os recuos dos preços da cesta básica foram influenciados principalmente pelo
comportamento dos seguintes produtos: tomate, batata, feijão, óleo de soja, farinha de mandioca
nas regiões Norte e Nordeste, carne bovina e açúcar. A batata apresentou redução dos valores em todas as regiões Centro-Sul, onde é pesquisada. Na cesta básica de Florianópolis, os produtos que apresentaram maior queda foram: batata (-13,33%), tomate (-11,54%), feijão preto (-5,21%) e óleo de soja (-3,13%).
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Via: economiasc.com.br