15 set 2014

Gamificação e a revolução no ensino

Marlon Moser, diretor da Orbitotal

Por Marlon Moser*

Alguns dos maiores experts em tecnologia e gestão do mundo declaram que a gamificação estará presente em 70% das organizações globais até 2016 e será um mercado com crescimento acima dos 2,8 bilhões de dólares. Não é um exagero, a gamificação vai dominar o mundo dos negócios, e já estamos vendo isso acontecer. De acordo com uma pesquisa recente, em 2013 o mercado da gamificação movimentou US$ 450 milhões, uma parcela significativa do setor tecnológico. E são as startups que caminham na vanguarda desse movimento.

A gamificação pode ser definida como o uso do design e da mecânica de jogos para enriquecer contextos diversos normalmente não relacionados a jogos, com o objetivo de instruir, influenciar no comportamento e incentivar resultados práticos. Ela possuiu na sua essência uma mistura de competição, recompensa e diversão. Ou seja, a gamificação explora alguns instintos básicos e esse apelo automático para os instintos humanos tornará sua inclusão no mundo dos negócios muito mais rápida e lógica. Além disso, todos nós crescemos jogando videogames e também aprendemos muito com eles e isso também torna natural usarmos no treinamento profissional de hoje, os mesmos elementos que nos atraíam, divertiam e prendiam a nossa atenção.

A tecnologia torna tudo mais fácil. Com sistemas cada vez mais potentes, é possível levar a gamificação para todos os lugares. Não é nenhuma surpresa ver pessoas com seus smartphones e tablets jogando na rua, dentro do ônibus, metrô, etc. Agora, pense que esse conteúdo móvel pode não só entreter, mas também servir de material de estudo. Games feitos utilizando HTML5, por exemplo, rodam da mesma maneira em todos os aparelhos, sem a necessidade de adequação para Windows, MacOS, Android e outros. E ao contrário das apostilas de papel convencionais, o feedback instantâneo proporcionado pelos usuários da gamificação permitirá um aperfeiçoamento constante dos atrativos que ela pode oferecer e o aprendizado nunca vai ficar chato. Essas novas tecnologias já foram adotadas por empresas como a catarinense Orbitotal, que é especializada em gamificação.

É importante entender que a gamificação pode ser muito mais do que apenas estipular metas e exibir tabelas com a pontuação dos funcionários. Se ela for resumida a apenas isso, pode acabar por estimular a competitividade de uma maneira fria e negativa, causando um efeito contrário ao desejado. As possibilidades são infinitas e devem ser exploradas de forma positiva. No mundo da gamificação, por exemplo, dinheiro não é tudo. Em mundos virtuais, o usuário pode ser recompensado com prêmios também virtuais, mas que influenciam o seu comportamento no mundo real.

Enfim, a gamificação é uma ferramenta poderosa e pode abranger praticamente qualquer tópico nos negócios: melhoria das operações, redução dos custos de logística e fazer com que o funcionário compreenda como o seu papel contribui para o sucesso da empresa. É por isso que CEOs, diretores de RH e times de operações e inovações em todos os ramos estão se atualizando e convidando empresas especializadas em gamificação como a Orbitotal, para integrar elementos de jogos em suas empresas. A gamificação impulsiona o desempenho, destaca conquistas e eleva ao máximo o engajamento dentro das organizações. Tudo isso sem tornar o processo cansativo e entediante para quem participa.

*Marlon Moser é diretor da Orbitotal, startup de Blumenau (SC) especialista em gamificação

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Via: economiasc.com.br