O varejo brasileiro prevê que as famílias gastarão, em média, R$ 224,76 com alimentos no Natal de 2019, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O valor previsto é 3,88% maior que o verificado no último ano, segundo a entidade, e o maior número em cinco anos.
Segundo o economista da CNC, Fabio Bentes, o resultado esperado é um reflexo da projeção positiva do varejo como um todo, que prevê arrecadar R$ 35,9 bilhões, 4,8% mais do que no ano passado. As razões para o avanço no consumo de alimentos são as mesmas para o crescimento do varejo, explica: “A inflação baixa, com IPCA abaixo de 3% ao ano, ajuda a preservar o poder de compra. Especialmente os produtos da ceia de Natal deverão ter boa procura neste ano”, afirma Bentes.
Aliado a isso, os prazos de parcelamentos estão maiores, e subiram de uma média de 7,4 meses há um ano para um período de 8,2 meses, segundo dados do Banco Central. “Isso permite que o consumidor pague parcelas menores por mês e entenda que aquela despesa cabe no bolso”, afirma Bentes.
Outro fator que estimula o crescimento, segundo o economista da Confederação Nacional do Comércio, é a injeção de recursos na economia feita pelo governo federal, que disponibilizou R$ 42 bilhões do FGTS em parcelas individuais de até R$ 500, além de liberar R$ 2 bilhões em recursos do PIS/Pasep. “Os resultados do segundo semestre vão todos surfar nessa onda do FGTS. Ainda que seja um resultado artificial, é um resultado positivo”, diz.
Fonte: Portal New Trade